Pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre, deputada petista possui uma trajetória ligada aos direitos humanos
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) qualificou como “equívoco” a decisão do presidente Lula de vetar a proposta que restringe a “saidinha” de presos em regime semiaberto. Ela foi a única deputada do PT a votar pela derrubada do veto, justificando sua postura como uma estratégia para evitar “ataques rasteiros da extrema-direita”.
Pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre, Maria do Rosário, que possui uma trajetória ligada aos direitos humanos, afirmou que seu voto contrário ao Palácio do Planalto foi uma tentativa de desviar o foco dos ataques políticos e criar um espaço para discutir outros temas importantes.
“Se eu não criar condições para que a população me escute em outros temas, sempre estarei como alvo de ataques da extrema direita. Foi um equívoco o veto. Temos que debater de forma mais complexa temas como esse. Meu voto para derrubar o veto só serviria para ataques rasteiros,” declarou a deputada.
Além de Maria do Rosário, apenas o senador Fabiano Contarato (PT-ES) votou com a oposição para derrubar o veto.
A decisão de Lula, aconselhada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi contrária à previsão dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que já esperavam a derrota do governo no Congresso. Na última quarta-feira, o veto foi derrubado com 314 votos na Câmara e 52 no Senado.
Maria do Rosário afirmou que tem focado nas discussões sobre a reconstrução do Rio Grande do Sul e acompanhou o ministro Extraordinário de Apoio à Reconstrução, Paulo Pimenta, em agendas no estado.
“Procurei, com esse voto, retirar o discurso extremista que tenta sempre desvirtuar nossos posicionamentos e sair dessa questão, em que sou alvo de ataques permanentes. Meu objetivo é centrar no debate de como o Rio Grande do Sul vai se recuperar,” complementou a deputada.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
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