Aliexpress, do grupo chinês Alibaba, passará a vender como seller do marketplace do Magalu, enquanto a companhia brasileira oferecerá produtos do seu estoque próprio no Aliexpress
InfoMoney - O Magazine Luiza comunicou nesta
segunda-feira que fechou um acordo com a plataforma de marketplace Aliexpress
para a listagem e venda de seus produtos em ambos os marketplaces.
O Aliexpress, do grupo chinês Alibaba, passará a vender
como seller do marketplace do Magalu (3P), enquanto a companhia brasileira
oferecerá produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do
Aliexpress. O acordo divulgado entre a companhia permitirá que produtos da
linha Choice da AliExpress sejam vendidos pela Magalu.
As ações da varejista saltaram mais de 10% na manhã do
anúncio.
Nova taxação acelerou
acordo - Apesar de negociações já estarem em
curso há alguns meses, Frederico Trajano, CEO da Magalu, afirmou que nova
taxação acelerou a assinatura do memorando de entendimento (MoU). “Após nova
taxa, ficamos muito confortáveis para acelerar o deal com AliExpress”, afirmou
o CEO.
“Vamos lançar, em algum momento, o quanto antes, do terceiro
trimestre”, afirma o executivo. Trajano comenta que os produtos serão sujeitos
à taxação conforme demais produtos brasileiros, inclusive a nova taxação “das
blusinhas” (de compras com valores acima de US$ 50).
“São milhares de itens que vamos disponibilizar na nossa
plataforma, dentro do conceito de cauda longa”, comenta Trajano. “Será uma
troca bem proporcional e justa”, destaca o CEO, reforçando que, com o tempo,
deve haver ampliação do sortimento nas plataformas.
Briza Bueno, Diretora do AliExpress no
Alibaba Group, destacou as trocas de sortimentos entre as companhias. No caso
da varejista brasileira, produtos com variedade maior, como segmentos de
acessórios de tecnologia e para bebês, por exemplo, serão oferecidos. A
companhia chinesa se beneficia da venda de produtos maiores, como geladeiras.
O acordo, segundo Trajano, não está desalinhado com o
discurso adotado pela varejista sobre players estrangeiros. “Eu nunca critiquei
marketplaces asiáticos”, afirmou. “Eu achava que faltava isonomia mas, com essa
taxa que foi aprovada agora, isso acabou”, afirma. Com o novo arranjo, os
produtos provenientes da operação cross-border seguirão
a taxação conforme indica a legislação brasileira.
“Os pedidos realizados no Magalu serão
importados por meio do programa Remessa Conforme, impulsionando a operação
cross border da Companhia. Ao mesmo tempo, o Magalu oferecerá produtos do seu
estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress, também complementando o
sortimento oferecido por eles”, afirmou a companhia em comunicado ao mercado,
divulgado na manhã desta segunda-feira.
Fonte: Brasil 247 com Infomoney
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