quinta-feira, 20 de junho de 2024

Lula volta a subir o tom contra o presidente do BC, Roberto Campos Neto: ‘Autonomia de quem?’, ‘Pra servir quem?’

 Ele criticou a decisão de manter os juros em 10,5%, afirmando que ‘quem perde com isso é o povo brasileiro’


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou nesta quinta-feira (20) a autonomia do Banco Central do Brasil (BC) e criticou a postura do seu presidente, Roberto Campos Neto. Essa é a segunda vez que Lula sobe o tom contra Campos Neto nesta semana.


Durante entrevista à Rádio Verdinha de Fortaleza (CE), Lula afirmou que, embora o presidente da República nunca interfira nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Banco Central, ele tinha o poder de demitir o presidente do BC, como aconteceu em seu governo anterior com Henrique Meirelles, e com outros presidentes durante mandatos anteriores.


Ele questionou a verdadeira autonomia do BC, perguntando: “Autonomia de quem? Pra servir quem? Atender quem?”


Além disso, Lula comentou a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada em 10,5% ao ano. Ele criticou essa decisão, afirmando que “quem perde com isso é o povo brasileiro”.


Lula argumentou que quanto mais juros o Brasil paga, menos dinheiro sobra para investimentos internos. Ele também mencionou que a taxa de juros deveria ser considerada um gasto, e destacou que os bancos privados preferem ganhar dinheiro com a alta taxa de juros em vez de conceder crédito.


Lula enfatizou a necessidade de o crédito ser tratado de forma mais acessível pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e BNDES.


Ele criticou os bancos privados por não concederem crédito adequadamente e comentou que “os grandes créditos são feitos pela Caixa, pelo Banco do Brasil, pelo Banco do Nordeste e pelo BNDES.”


Durante sua série de viagens pelo Nordeste, Lula buscou entregar e divulgar novas ações do governo federal na região. Ele reiterou a importância de considerar as necessidades dos trabalhadores, da classe média e dos mais necessitados, destacando que são esses os que mais pagam impostos no país.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.  

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