Confira alguns dos principais pontos da coletiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Agência Gov – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula reuniu profissionais
da imprensa em um café da manhã no Palácio do Planalto nesta terça-feira
(23/4). Na conversa, abordou o recente lançamento do programa Acredita, que
busca ampliar o acesso ao crédito no país aos Microempreendedores Individuais
(MEIs) e às micro e pequenas empresas, e a expectativa de crescimento da
economia brasileira, que conta com anúncio de quase R$ 130 bilhões de
investimentos da indústria automobilística.
E por que vai crescer? Porque as coisas estão acontecendo. Eu posso
desafiar vocês a estudarem o que aconteceu no Brasil nesses últimos 14 meses e
vocês vão constatar que nunca antes na história do Brasil houve uma quantidade
de políticas de inclusão social colocada em prática”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“O que fizemos ontem (lançamento do Acredita) foi fazer com que a roda
gigante possa funcionar, envolvendo a grande maioria do povo brasileiro. É sem
dúvida nenhuma, com o Desenrola, que a gente já tinha lançado, os mais
importantes programas para fazer com que os créditos cheguem na mão das
pessoas”, afirmou o presidente. “Estamos plantando desenvolvimento, geração de
emprego, melhoria das condições salariais, melhoria do salário mínimo. Estou
convencido de que vamos colher um sucesso extraordinário”.
Lula também ressaltou a convicção de que a economia brasileira
vai crescer em 2024 mais do que o previsto por analistas econômicos. “E por que
vai crescer? Porque as coisas estão acontecendo. Eu posso desafiar vocês a
estudarem o que aconteceu no Brasil nesses últimos 14 meses e vocês vão
constatar que nunca antes na história do Brasil houve uma quantidade de
políticas de inclusão social colocada em prática, algumas que já tínhamos feito
e que tinham desaparecido e que estão voltando agora”.
Confira algumas das
principais respostas do presidente :
PROGRAMA ACREDITA — Ontem anunciamos o mais importante programa de crédito da
história, o Acredita . É a oportunidade que estamos criando para
colocar em prática aquela máxima que sempre digo: pouco dinheiro nas mãos de
muitos é distribuição de renda. Um programa para que o pequeno empreendedor se
torne empregador e gere renda para mais pessoas.
CRESCIMENTO ECONÔMICO
— Estou falando isso no dia de São
Jorge, no dia do padroeiro do meu Corinthians: a economia, em 2024, vai crescer
ainda mais do que o previsto pelos pessimistas. E vai crescer porque estamos
trabalhando para recompor políticas públicas importantes e construindo novas
ações para melhorar a vida das famílias brasileiras.
PÉ-DE-MEIA — Ontem nós
anunciamos mais uma coisinha no Pé-de-Meia,
nós incluímos mais 1,2 milhão de meninos e meninas para receber o
Pé-de-Meia . É, possivelmente, a coisa mais extraordinária que vai
acontecer daqui a quatro ou cinco anos quando essa meninada terminar o ensino
médio e poderem entrar numa faculdade com uma poupancinha que nós criamos para
eles.
INVESTIMENTOS DE
MONTADORAS — A gente recebeu anúncios de
investimentos de R$ 129 bilhões no setor automobilístico, coisa que há décadas
a gente não ouvia falar nesse país. O que se ouvia dizer é que a indústria
automobilística iria seguir o caminho da Ford e iria embora do Brasil. O que
aconteceu é que todas as empresas, todas, sem distinção, anunciaram
investimentos. A última anunciou R$ 4,2
bilhões . Ou seja, numa demonstração de que o Brasil goza, hoje, de
uma credibilidade externa que a gente não tinha nem nos meus primeiros dois
mandatos.
REFORMA TRIBUTÁRIA — Ontem
nós fechamos a proposta daquilo que vai para a regulamentação da Reforma
Tributária. Vamos levar uma proposta que está de acordo com o governo.
Obviamente que sabemos que quando chegar à Câmara pode ser mudada. As pessoas
podem acrescentar, tirar ou votar do jeito que mandamos.
DEFESA DA DEMOCRACIA
— Você não pode permitir que a negação
das instituições prevaleça. As instituições que foram criadas para manter a
democracia, por mais defeito que tenham, são extremamente importantes e
precisam ser fortes. Nós estamos vivendo um novo período. Os setores de
esquerda, os setores progressistas, os setores democráticos têm que se
organizar, têm que se preparar. Estou tentando ver se a gente consegue fazer
uma reunião com os chamados presidentes democratas, por ocasião da reunião da
Assembleia Geral das Nações Unidas, para a gente definir uma estratégia de como
vamos enfrentar o crescimento da extrema-direita e seus matizes. É um problema
novo na política. E é um momento novo em que vale qualquer coisa, menos a
verdade.
ARTICULAÇÃO COM O CONGRESSO — Estou convencido de que estamos numa situação de muita
tranquilidade na relação com o Congresso Nacional. Não tem divergência que não
possa ser superada. Todos os processos que o governo mandou para o Congresso
foram aprovados. Eu estou convencido de que estamos numa situação de muita
tranquilidade na relação com o Congresso Nacional.
ELEIÇÕES NA VENEZUELA
— Na questão da Venezuela, está
acontecendo uma coisa extraordinária. A oposição toda se reuniu. A oposição
está lançando candidato único. Vai ter eleições. Eu acho que vai ter
acompanhamento internacional sobre as eleições. Tem interesse de muita gente de
querer acompanhar. E se o Brasil for convidado, participará do acompanhamento
na perspectiva de que quando terminar essas eleições as pessoas voltem à
normalidade. Ou seja, quem ganhou toma posse e governa. Quem perdeu se prepara
para outras eleições. Eu fico torcendo para que a Venezuela volte à
normalidade, para que os Estados Unidos tirem as sanções e a Venezuela possa
voltar a receber de volta o povo que está deixando a Venezuela”.
MERCADO — Com todo o respeito ao mercado, eu gosto mais do
Brasil do que o mercado. Eu quero mais bem ao futuro desse país do que o
mercado. E o meu papel é fazer as coisas para que 203 milhões de brasileiros
possam levantar todo dia de manhã, almoçar, tomar café, jantar, estudar. Então,
não sou movido a mercado. Eu sou movido a soluções para o povo brasileiro. Sou
movido por soluções ao povo pobre desse país, ao povo trabalhador, e à classe
média, que é quem paga imposto de renda.
DIREITO DE GREVE — Ninguém será punido nesse país por fazer greve. Eu
nasci fazendo greve. Então eu devo aos trabalhadores de São Bernardo o que sou
hoje. Acho que é um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles
pedem quanto querem, a gente dá quanto a gente pode. E aí tudo volta ao normal.
E eu espero que todo mundo volte a trabalhar. A gente está fazendo muitos
concursos. A gente quer regulação das carreiras. E as coisas aos poucos vão
entrando nos eixos.
Fonte: Brasil 247 com Agência Gov
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