Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que o regime dos militares é o que apresenta o maior déficit per capita, da ordem de R$ 159 mil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na
manhã desta terça-feira (18), em entrevista à Rádio CBN, que a revisão de
gastos com a Previdência não deve ocorrer de forma imediata e que, primeiro, o
governo quer enfrentar a questão dos subsídios, desonerações e supersalários.
“A equipe econômica tem que me apresentar as necessidades de
corte. Ontem [segunda-feira (17)] quando eu vi a demonstração da Simone Tebet
[ministra do Planejamento], disse para ela que fiquei perplexo. A gente
discutindo corte de R$ 10 bilhões ali, R$ 15 bilhões aqui e de repente você
descobre que que tem R$ 546 bilhões de benefício fiscal para os ricos nesse
país, como é que é possível?”, questionou o presidente sobre os benefícios
fiscais.
A questão da Previdência dos militares foi alvo de uma reunião
realizada nesta terça-feira entre o presidente Lula, o ministro da
Defesa, José Múcio Monteiro, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Na ocasião,
Lula sinalizou que o tema da Previdência ainda será muito discutido dentro do
governo até que haja uma definição. O presidente também teria dito que uma
eventual mudança não atingiria apenas a previdência dos militares, mas também
de outros servidores do Executivo e do Judiciário.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou
que o regime dos militares é o que apresenta o maior déficit per capita, da
ordem de R$ 159 mil. A possibilidade de revisão nas regras de aposentadoria de
militares foi defendida na semana passada pela ministra do Planejamento, Simone
Tebet (MDB), como uma das alternativas para reduzir os gastos do governo.
A medida, no entanto, não é bem vista por
José Múcio e outros integrantes do governo, que temem que a reforma na
aposentadoria dos militares poderia reacender conflitos entre o Planalto e as
Forças Armadas.
Fonte: Brasil 247
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