segunda-feira, 17 de junho de 2024

Lula defende criação de 'estatuto de bom comportamento do homem' para combater a violência contra mulher

 

A declaração ocorreu durante a sanção da lei que cria um plano de metas para o enfrentamento integrado da violência doméstica e familiar contra a mulher

Presidente Lula surante a sanção do Projeto de Lei que cria um plano de metas para o enfrentamento integrado da violência doméstica e familiar contra a mulher
Presidente Lula surante a sanção do Projeto de Lei que cria um plano de metas para o enfrentamento integrado da violência doméstica e familiar contra a mulher (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (17) a elaboração de um "estatuto de bom comportamento do homem" para promover o combate à violência contra a mulher. A declaração ocorreu durante a sanção da lei que cria um plano de metas – que deverá ser executado de maneira colaborativa pelos estados, Distrito Federal, municípios e União – para o enfrentamento integrado da violência doméstica e familiar contra a mulher.

"Nós precisamos pensar em fazer um estatuto de bom comportamento do homem. Imaginar que uma mulher, depois de uma jornada de trabalho, não tem vontade de voltar para casa porque lá vai encontrar um marido que é agressor e que pode bater nela por qualquer coisa, ou até mesmo sem alguma coisa”, afirmou Lula. “Ele está predestinado a ser agressivo. É preciso ter um estatuto para formar essa espécie de ser humano".

O chefe do Executivo ainda destacou a importância da educação na luta contra a violência de gênero. "Isso começa pelo ensino fundamental, médio. A escola é espaço para poder tentar mostrar alinhamento de comportamento do ser humano", disse.

Durante o discurso, Lula enfatizou que a aprovação do projeto para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher demonstra que, mesmo com maioria conservadora, é possível avançar com pautas de proteção às mulheres no Congresso.

A sanção ocorreu na semana seguinte à aprovação do requerimento de urgência, pela Câmara, do projeto que equipara a prática do aborto ao crime de homicídio.

Fonte: Brasil 247 com informações de g1

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