sexta-feira, 21 de junho de 2024

Lindbergh diz que presidente do BC 'é da oposição e conspira contra o governo'

 

Parlamentar questionou a sinalização do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas

(Foto: ABR)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais para questionar a suposta autonomia do Banco Central devido à recente movimentação política feita pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que sinalizou que poderá aceitar ser o ministro da Fazenda, caso o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (republicanos), venha a ocupar a chefia do Executivo Federal.

“A autonomia do Banco Central foi criada, em tese, para proteger essa instituição de ingerências políticas. Mas o que acontece quando seu presidente é um político como Campos Neto? Alguém que é da oposição e que conspira contra o governo. Que se articula para ser ministro da Economia do candidato da oposição? Como o BC se protege disso? Como o BC se protege contra as ingerência políticas dos rentistas e da mídia vassala do poder financeiro? Que raios de autonomia é essa?”, escreveu Lindbergh na rede social X, antigo Twitter.

Nesta quinta-ra (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros (Selic) no patamar de 10,5%,o segundo maior juro real do mundo, atrás apenas da Rússia. As altas taxas de juros reduzem os investimentos e prejudicam o acesso ao crédito, além de atingir diretamente a população.

A autonomia do Banco Central, formalizada em lei durante o governo Bolsonaro, é outro ponto de controvérsia. O PT teme que essa autonomia limite a capacidade do governo de implementar políticas econômicas mais expansivas, que poderiam, na visão do partido, estimular o crescimento e reduzir a desigualdade. Eles argumentam que a autonomia pode fazer com que o Banco Central priorize o controle da inflação em detrimento de outros objetivos econômicos, como o emprego e o crescimento. Além disso, o Brasil tem gasto R$ 800 bilhões ao ano com o serviço da dívida.

Fonte: Brasil 247

 

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