Parlamentar questionou a sinalização do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas
O deputado federal
Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais para questionar a suposta
autonomia do Banco Central devido à recente movimentação política feita pelo
presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que sinalizou que poderá
aceitar ser o ministro da Fazenda, caso o governador de São Paulo, Tarcisio de
Freitas (republicanos), venha a ocupar a chefia do Executivo Federal.
“A autonomia do Banco Central foi criada, em tese, para
proteger essa instituição de ingerências políticas. Mas o que acontece quando
seu presidente é um político como Campos Neto? Alguém que é da oposição e que
conspira contra o governo. Que se articula para ser ministro da Economia do
candidato da oposição? Como o BC se protege disso? Como o BC se protege contra
as ingerência políticas dos rentistas e da mídia vassala do poder financeiro?
Que raios de autonomia é essa?”, escreveu Lindbergh na rede social X, antigo
Twitter.
Nesta quinta-ra (20), o Comitê de Política Monetária (Copom)
manteve a taxa básica de juros (Selic) no patamar de 10,5%,o segundo maior juro
real do mundo, atrás apenas da Rússia. As altas taxas de juros reduzem os
investimentos e prejudicam o acesso ao crédito, além de atingir diretamente a
população.
A autonomia do Banco Central, formalizada em lei durante o governo Bolsonaro, é outro ponto de controvérsia. O PT teme que essa autonomia limite a capacidade do governo de implementar políticas econômicas mais expansivas, que poderiam, na visão do partido, estimular o crescimento e reduzir a desigualdade. Eles argumentam que a autonomia pode fazer com que o Banco Central priorize o controle da inflação em detrimento de outros objetivos econômicos, como o emprego e o crescimento. Além disso, o Brasil tem gasto R$ 800 bilhões ao ano com o serviço da dívida.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário