Em pronunciamento oficial por meio das redes sociais, escritório da Presidência da Argentina felicitou as Forças de Segurança pela "excelente atuação na repressão" aos protestos
O escritório da Presidência da Argentina, ocupado pelo
ultradireitista Javier Milei, acusou manifestantes de "terrorismo" em
um pronunciamento oficial nesta quarta-feira (12), após protestos contra a Lei
de Bases proposta pelo governo.
A declaração foi publicada no Twitter oficial da Presidência: "A Presidência da República felicita as Forças de Segurança pela excelente atuação na repressão aos grupos terroristas que, com paus, pedras e até granadas, tentaram perpetrar um golpe de Estado, atacando o normal funcionamento do Congresso Nacional Argentino."
O pronunciamento inflamou ainda mais a
crise política, em um momento em que o Senado debate a controversa Lei de
Bases. Este megadecreto busca uma desregulamentação econômica drástica e a
redução da intervenção estatal, gerando forte oposição de sindicatos e
movimentos sociais.
Durante as manifestações, que ocorreram nas proximidades do
Congresso Nacional, a Polícia Federal argentina utilizou balas de borracha e
gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Vídeos publicados nas redes
sociais mostraram agentes
policiais disparando gás lacrimogêneo contra deputados que
se identificavam, incluindo o peronista Carlos Castagneto, e atingindo também a
correspondente do canal RT, Diana Deglauy.
Os sindicatos e partidos de oposição convocaram a
população às ruas com lemas como "Não à Lei de Bases!" e "Vamos
Parar a Lei!", protestando contra a privatização de serviços essenciais e
a eliminação de fundos de apoio a professores. A repressão violenta deixou
feridos e aumentou a tensão política.
A Lei de Bases, que deveria ter sido
sancionada até 25 de maio, enfrenta resistência significativa no Senado, que
desmantelou o texto original. O governo Milei, no entanto, insiste na aprovação
do megadecreto que ameaça os direitos trabalhistas e sociais.
Fonte: Brasil 247
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