sexta-feira, 7 de junho de 2024

Lava Jato: CNJ forma maioria e abre processos administrativos contra Gabriela Hardt e magistrados TRF-4

 

O Ministério Público já pode começar a propor ações que podem levar os magistrados a perderem seus cargos. Entre as penalidades possíveis está a aposentadoria compulsória

Julgamento do CNJ e Gabriela Hardt
Julgamento do CNJ e Gabriela Hardt (Foto: Reprodução)

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) formou maioria para abrir um processo administrativo contra quatro magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que atuaram em ações relacionadas à Operação Lava Jato, informa Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Entre os juízes, está Gabriela Hardt, que substituiu o ex-juiz parcial e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Em uma sessão virtual, oito conselheiros votaram a favor da abertura do processo, enquanto dois se posicionaram contra. Entre os votos contrários, destaca-se o do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, Luís Roberto Barroso. Ainda são esperados os votos de cinco conselheiros.

Os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, que já estavam afastados de suas funções pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, terão seus afastamentos mantidos. Salomão afirmou que ambos cometeram irregularidades na condução de processos e desrespeitaram decisões do STF referentes à Lava Jato, violando deveres funcionais essenciais.

Com a confirmação da abertura do processo administrativo, o Ministério Público já pode começar a propor ações que podem resultar na perda dos cargos dos magistrados. Entre as penalidades possíveis está a aposentadoria compulsória, uma medida que, embora permita ao magistrado continuar a receber proventos, o impede de exercer funções judiciais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

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