De acordo com o parlamentar, "manter o juros altos e participar de atos políticos são uma afronta ao povo brasileiro e à suposta autonomia do Banco Central"
O deputado federal Jilmar
Tatto (PT-SP) publicou nesta terça-feira (18) uma mensagem cobrando a demissão
do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Parlamentares aliados do
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) denunciam que a redução da
taxa de juros (Selic) ainda está lenta.
"Roberto Campos Neto sempre fez questão de mostrar
que é um agente do bolsonarismo e dos interesses do capital especulativo.
Manter o juros altos e participar de atos políticos são uma afronta ao povo
brasileiro e à suposta autonomia do BC. Passou da hora dele entregar o
cargo!", escreveu o parlamentar na rede social X.
Em maio, o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco
Central, fez o sétimo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a
recuar em agosto de 2023. No começo das reduções, a Selic estava em 13,75% ao
ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto
percentual a cada encontro. Com a decisão do mês passado, o corte na Selic foi
de apenas 0,25 p.p.
As reunião entre os representantes do Copom tiveram início
nesta terça (18) e também vão acontecer nesta quinta (19), em que deve ser
anunciada uma nova taxa.
As críticas a Roberto Campos Neto também aumentaram nos últimos
dias após o presidente do Banco Central sinalizar que pode receber convite para
ser ministro da Fazenda em um possível governo Tarcísio
de Freitas (Republicanos) caso o governador de São Paulo seja
candidato a presidente da República e ganhe a eleição de 2016.
O chefe do Executivo paulista foi ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL), que é o principal nome extrema-direita, mas está inelegível por espalhar fake news ao fazer uma acusação sem provas e denunciar falta de segurança do sistema eleitoral contra fraudes.
Fonte: Brasil 247
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