quinta-feira, 20 de junho de 2024

Indignado com sabotagem, Planalto avalia que Roberto Campos Neto pretende seguir carreira política

 

A política monetária e as aproximações do presidente do Banco Central com Tarcísio de Freitas, da extrema-direita, deixaram membros do governo federal em alerta


Lula (presidente da República) e Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central)
Lula (presidente da República) e Roberto Campos Neto (presidente do Banco Central) (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Adriano Machado/Reuters)

O Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, em Brasília (DF), avalia que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL), pretende seguir carreira política, e, segundo aliados do governo Lula, o dirigente de autoridade monetária está sabotando a gestão do PT. 

A informação sobre as interpretações dos integrantes do Planalto foi divulgada nesta quinta-feira (20) na coluna de Tales Faria, no portal UOL. "Campos Neto de fato deixou um fio solto, não só na campanha eleitoral vestindo a camisa verde amarela para ir votar [em 2022]. Camisa que na época era de Bolsonaro e a turma dele usava", escreveu o colunista. 

No Congresso, políticos da base governista cobram mais velocidade na queda da taxa de juros, para facilitar o acesso ao crédito, aumentar o poder de compras, e o crescimento da economia. 

Nesta quarta (19), o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao BC, manteve os juros em 10,50% ao ano, decisão repudiada por representantes de entidades empresariais

No começo das reduções, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro. Porém, no mês de maio, integrantes do Copom diminuíram a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,75% ao ano para 10,50% ao ano. 

Aliados do governo federal também demonstraram insatisfação com o presidente do BC após ele dar sinais de que pode ser ministro da Fazenda em uma possível gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) caso o governador de São Paulo seja candidato a presidente da República e ganhe a eleição em 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

 

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