A política monetária e as aproximações do presidente do Banco
Central com Tarcísio de Freitas, da extrema-direita, deixaram membros do
governo federal em alerta
O Palácio do Planalto, onde
fica o gabinete presidencial, em Brasília (DF), avalia que o presidente do
Banco Central, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL), pretende
seguir carreira política, e, segundo aliados do governo Lula, o dirigente de
autoridade monetária está sabotando a gestão do PT.
A informação sobre as interpretações dos integrantes do
Planalto foi divulgada nesta quinta-feira (20) na coluna de Tales Faria, no portal UOL.
"Campos Neto de fato deixou um fio solto, não só na campanha eleitoral
vestindo a camisa verde amarela para ir votar [em 2022]. Camisa que na época
era de Bolsonaro e a turma dele usava", escreveu o colunista.
No Congresso, políticos da base governista cobram mais
velocidade na queda da taxa de juros, para facilitar o acesso ao crédito,
aumentar o poder de compras, e o crescimento da economia.
Nesta quarta (19), o Comitê de Política Monetária (Copom),
ligado ao BC, manteve os juros em 10,50% ao ano, decisão repudiada por
representantes de entidades
empresariais.
No começo das reduções, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde
então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a
cada encontro. Porém, no mês de maio, integrantes do Copom diminuíram a taxa
Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,75% ao ano para 10,50% ao ano.
Aliados do governo federal também demonstraram
insatisfação com o presidente do BC após ele dar sinais de que pode ser
ministro da Fazenda em uma possível gestão de Tarcísio de Freitas
(Republicanos) caso o governador de São Paulo seja candidato a presidente da
República e ganhe a eleição em 2026.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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