União Brasil afirma que qualquer decisão sobre a permanência de Juscelino à frente do Ministério das Comunicações será tomada exclusivamente pelo presidente Lula
O União Brasil anunciou que não aplicará sanções contra o
ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após seu recente indiciamento pela
Polícia Federal, informa Ricardo Noblat, do Metrópoles. Juscelino é acusado de envolvimento em crimes de organização
criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo as investigações,
ele teria desviado R$ 835,8 mil destinados a obras de pavimentação no Maranhão,
financiadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf).
Em um comunicado divulgado na quarta-feira (12), o União
Brasil reafirmou seu apoio ao ministro, destacando que qualquer decisão sobre a
sua permanência à frente da pasta das Comunicações será tomada exclusivamente
pelo presidente Lula (PT). O partido argumenta que o momento exige cautela e
que as ações de Juscelino devem ser avaliadas com mais profundidade antes de se
considerar uma substituição.
O presidente Lula, que embarcou ontem para a Suíça para
participar da reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em
Genebra, seguirá posteriormente para a Itália, onde participará do encontro do
G7. Fontes próximas ao Palácio do Planalto indicam que qualquer decisão sobre o
futuro de Juscelino Filho será tomada apenas após o retorno do presidente ao
Brasil.
Em resposta às acusações, Juscelino Filho enviou uma
mensagem ao grupo de WhatsApp do diretório nacional do União Brasil, alegando
falhas no processo de investigação. "Durante o meu depoimento, o delegado
responsável não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação.
Além disso, o encerrou abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para
esclarecimentos ou aprofundamento. Isso suscita dúvidas sobre sua isenção,
repetindo um modo operante que já vimos na Operação Lava-Jato e que causou
danos irreparáveis a pessoas inocentes".
Além do suporte do União Brasil,
Juscelino Filho conta com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP-AL). Esse respaldo pode ser crucial para a manutenção de sua posição
no governo, dado o peso político de Lira no Congresso e sua capacidade de
influenciar as decisões no Executivo.
Fonte: Brasil 247 com informações do
Metrópoles
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