sexta-feira, 14 de junho de 2024

Importadora chinesa Shein vai acelerar transição para se tornar brasileira a fim de reduzir impacto da ‘taxa das blusinhas’

 Operação da Shein está em transição para deixar de ser uma empresa que faz multi-importação de produtos da China para ser uma empresa brasileira que fabrica muito no Brasil


Os impostos sobre produtos importados, incluindo a medida aprovada pela Câmara conhecida como a ‘taxação das blusinhas’, que aguarda a sanção do presidente Lula, levarão a gigante chinesa Shein a acelerar sua transição para se tornar uma empresa brasileira. Quem afirma é Marcelo Claure, vice-presidente global da companhia.


— A operação da Shein está numa transição de ser uma empresa que faz multi-importação de produtos da China para ser uma empresa brasileira que fabrica muito no Brasil. Com os novos impostos, isso só faz com que aceleremos a transição e abra mais a plataforma para vendedores brasileiros — disse Claure.


Segundo Claure, atualmente mais de 60% dos produtos listados no aplicativo da Shein já são de vendedores nacionais, e esse percentual deve aumentar nos próximos anos. O ex-executivo do SoftBank, que assumiu a vice-presidência da plataforma de fast fashion no final do ano passado, considera a ‘taxa das blusinhas’ injusta. No entanto, ele ressalta que a empresa buscará formas de reduzir custos e manter preços atrativos para os consumidores.


— Eu critico muito, acho desnecessária (a taxação) porque, se você tem dinheiro para viajar, pode aterrissar no Rio ou em São Paulo e importar seus mil dólares em produtos. Mas, se você é uma pessoa das classes C, D e E – que constituem 90% dos clientes (da Shein) -, tem que pagar 43% de imposto. Não me parece justo.


Claure também mencionou suas conversas com o presidente Lula e o ministro Haddad, afirmando que a empresa terá que adaptar seus negócios. Ele reforçou que a Shein é uma marca muito querida pelos consumidores brasileiros e, apesar da insatisfação com a taxação, a empresa continuará trabalhando para reduzir custos e fabricar mais no Brasil.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

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