Discursando na OIT, o presidente também condenou o genocídio palestino em Gaza: "não à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e não ao massacre na Faixa de Gaza"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou, nesta
quinta-feira (13), para o risco de que o conflito entre Ucrânia e Rússia acabe
levando o mundo a uma hecatombe nuclear e defendeu a necessidade de se
encontrar um caminho para a paz com justiça social. “Há um provérbio antigo que
afirma: 'se queremos paz, temos que nos preparar para a guerra'. Ao lançar a
pedra fundamental da OIT, nossos antecessores sabiam e subverteram essa lógica
e consagraram o lema: 'se deseja a paz, não permita a injustiça'. Essa máxima é
ainda hoje mais pertinente. As guerras na Ucrânia, em Gaza, e tantos outros
conflitos esquecidos nos afastam desse ideal. Trabalhadores que deveriam
dedicar suas vidas às famílias são direcionados às frentes de batalha, de onde
não sabem se vão voltar e quem será o vencedor”, disse Lula durante a cerimônia
de encerramento da 112ª conferência anual da OIT (Organização Mundial do
Trabalho), em Genebra, na Suíça.
“Foi assim na Primeira Guerra Mundial, de cujos escombros
saíram a Liga das Nações Unidas e a própria OIT. A Segunda Guerra Mundial
terminou com 80 milhões de mortos, 3% da população da época, majoritariamente
jovens com pouca idade. O ano de 2023 viu o gasto com armamento subir 7% em
relação a 2022, chegando a uma soma de US$ 2,4 trilhões. A irracionalidade de
um conflito na Europa reacende os temores de uma catástrofe nuclear. Em Gaza,
há mais de 37 mil vítimas fatais, a maioria são mulheres e crianças. Este
conflito também acumula o triste recorde de mortes de trabalhadores
humanitários. Por isso, é importante afirmar: o mundo precisa de paz e
tranquilidade, e não de guerra”, completou. “Não à guerra entre a Rússia e a
Ucrânia e não ao massacre na Faixa de Gaza”, finalizou Lula.
Fonte: Brasil 247
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