O partido deverá lançar candidatos próprios em 11 capitais, com possibilidade de chegar a 15. Nas demais localidades, o partido buscará alianças com nomes fortes de outras siglas
O PT está em fase
final de definições para as eleições municipais de 2024. Em reunião marcada
para esta quarta-feira (26), segundo Andréia Sadi, do g1, o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do
partido busca consolidar suas candidaturas em diversas capitais do país. O
plano inicial é lançar candidatos próprios em 11 capitais, com possibilidade de
expansão para até 15, refletindo uma estratégia mais seletiva e focada em
vitórias concretas.
Nas últimas eleições municipais de 2020, o PT adotou uma
abordagem diferente, lançando um número elevado de candidaturas como parte da
campanha "Lula Livre". O objetivo era amplificar a oposição à prisão
injusta do hoje presidente Lula (PT). A tática resultou em um desempenho
insatisfatório, sem a conquista de nenhuma capital. Agora, o partido aposta em
concentrar recursos e esforços em localidades onde as chances de vitória são
mais promissoras.
O presidente Lula também segue essa lógica ao priorizar
palanques com maior potencial de sucesso. Esta estratégia visa, além de
garantir vitórias, evitar atritos com partidos aliados na esfera federal, que
podem ser concorrentes no âmbito municipal.
Internamente, as projeções do PT apontam para um cenário
mais favorável em Teresina e Fortaleza. A recente visita de Lula a essas
capitais sinaliza a importância que o partido dá a esses municípios. Em ambas
as cidades, os prefeitos Dr. Pessoa (Republicanos) e José Sarto (PDT) enfrentam
avaliações mais baixas em comparação aos governadores petistas de seus estados,
Rafael Fonteles e Elmano Freitas.
Outras capitais também estão no radar do partido. Em Vitória, a
candidatura de João Coser está sendo preparada como prioridade. Em Porto
Alegre, o PT vê uma oportunidade com a deputada federal Maria do Rosário,
especialmente após o governo federal ter ganhado visibilidade na gestão das
enchentes que atingiram a região. Em Goiânia, a Delegada Adriana, com um perfil
conservador, tem se destacado nas pesquisas internas.
Em certas cidades, o PT decidiu por uma abordagem
colaborativa, optando por apoiar candidatos aliados. Isso faz parte de uma
estratégia para fortalecer a oposição ao bolsonarismo em algumas regiões. No
Norte, por exemplo, o PT vai apoiar Marcus Alexandre (MDB) contra o atual
prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL). Em Salvador, Lula demonstrou apoio a
Geraldo Júnior (MDB) na disputa contra o atual prefeito, Bruno Reis (União
Brasil). A Bahia é vista como uma região crucial, não só pelo tamanho do colégio
eleitoral, mas também pelos 16 anos consecutivos de governadores petistas no
estado.
Por outro lado, o PT enfrenta dificuldades em outras
grandes cidades. No Rio de Janeiro e em Recife, a falta de nomes fortes impede
o partido de estabelecer candidaturas robustas, e até mesmo a escolha de um
vice tem se mostrado desafiadora.
Com as convenções partidárias começando
em 20 de julho, o PT segue ajustando suas estratégias e alianças para maximizar
suas chances de sucesso nas urnas.
Fonte: Brasil 247
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