segunda-feira, 3 de junho de 2024

Greve chega a todas as escolas, diz sindicato; ato gigante pressiona contra terceirização

 

Professores querem que projeto de lei prevendo repasse da gestão de escolas para iniciativa privada seja retirado de pauta na Assembleia Legislativa

Concentração de professores na Santos Andrade: contra a terceirização. Foto: Tami Taketani/Plural

Professores e professoras de todas as escolas estaduais do Paraná aderiram, em algum grau, à greve iniciada nesta segunda-feira (3) contra a terceirização da administração dos colégios. A informação é do sindicato da categoria, segundo o qual algumas escolas estão totalmente fechadas, com adesão de 100% dos professores. Outras ainda funcionam, mas com número menor de profissionais.

A recomendação do sindicato é que pais e mães não enviem seus filhos e filhas para a escola nesta segunda. A greve, que foi aprovada com votos de 89% na assembleia da APP-Sindicato, não tem data para acabar. Além de lutarem contra a terceirização, os professores reivindicam reposição salarial e outras melhorias.

Alunos protestam contra gestão privada de escolas públicas. Foto: Tami Taketani/Plural

Também nesta segunda, um ato com milhares de pessoas pressiona os deputados estaduais do Paraná para que retirem de pauta o projeto de lei que prevê terceirizar a gestão das escolas públicas. Professores e professoras, junto com estudantes, se direcionam à sede do Poder Legislativo para protestar contra aquilo que estão chamando de “privatização” do ensino público no estado.

Presidente da APP-Sindicato, que representa professores e funcionários da educação estadual, a professora Walkiria Olegário Mazetto afirmou que o projeto representa “o fim da educação pública” no Paraná. “Por isso estamos protestando com tanta força”, disse ela durante a concentração dos manifestantes na Praça Santos Andrade.

Um dos pontos realçados pela professora é o fato de o projeto, ao contrário do que o Governo do Paraná alega, o projeto apresentado por Ratinho Jr. (PSD) não restringe a terceirização a 200 colégios, permitindo a gestão privada em 100% das escolas públicas do estado. Alguns deputados afirmam que vão apresentar uma emenda nesta tarde para corrigir essa falta de limites.

O protesto conta com a participação de diversos políticos, como os deputados estaduais Carol Dartora, e Tadeu e Veneri, e o deputado estadual Professor Lemos, todos do Partido dos Trabalhadores.

Lemos, que é integrante da Comissão de Educação, afirmou nesta segunda que pretende apresentar um voto contrário ao projeto. A proposta da terceirização, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, passa pela Comissão de Educação antes de chegar ao plenário da Assembleia Legislativa.

Fonte: Jornal Plural

 

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