Professores
querem que projeto de lei prevendo repasse da gestão de escolas para iniciativa
privada seja retirado de pauta na Assembleia Legislativa
Concentração de professores na Santos Andrade: contra a terceirização. Foto: Tami Taketani/Plural
Professores
e professoras de todas as escolas estaduais do Paraná aderiram, em algum grau,
à greve iniciada nesta segunda-feira (3) contra a terceirização da
administração dos colégios. A informação é do sindicato da categoria, segundo o
qual algumas escolas estão totalmente fechadas, com adesão de 100% dos
professores. Outras ainda funcionam, mas com número menor de profissionais.
A
recomendação do sindicato é que pais e mães não enviem seus filhos e filhas
para a escola nesta segunda. A greve, que foi aprovada com votos de 89% na
assembleia da APP-Sindicato, não tem data para acabar. Além de lutarem contra a
terceirização, os professores reivindicam reposição salarial e outras
melhorias.
Alunos protestam contra gestão privada de escolas públicas. Foto: Tami Taketani/Plural
Também nesta segunda, um ato com milhares de pessoas
pressiona os deputados estaduais do Paraná para que retirem de pauta o projeto
de lei que prevê terceirizar a gestão das escolas públicas. Professores e
professoras, junto com estudantes, se direcionam à sede do Poder Legislativo
para protestar contra aquilo que estão chamando de “privatização” do ensino
público no estado.
Presidente
da APP-Sindicato, que representa professores e funcionários da educação
estadual, a professora Walkiria Olegário Mazetto afirmou que o projeto
representa “o fim da educação pública” no Paraná. “Por isso estamos protestando
com tanta força”, disse ela durante a concentração dos manifestantes na Praça
Santos Andrade.
Um dos
pontos realçados pela professora é o fato de o projeto, ao contrário do que o
Governo do Paraná alega, o projeto apresentado por Ratinho Jr. (PSD) não
restringe a terceirização a 200 colégios, permitindo a gestão privada em 100%
das escolas públicas do estado. Alguns deputados afirmam que vão apresentar uma
emenda nesta tarde para corrigir essa falta de limites.
O
protesto conta com a participação de diversos políticos, como os deputados
estaduais Carol Dartora, e Tadeu e Veneri, e o deputado estadual Professor
Lemos, todos do Partido dos Trabalhadores.
Lemos, que é integrante da Comissão de Educação, afirmou nesta
segunda que pretende apresentar um voto contrário ao projeto. A proposta da
terceirização, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, passa pela
Comissão de Educação antes de chegar ao plenário da Assembleia Legislativa.
Fonte:
Jornal Plural
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