Autoridades afirmam que tentativa de depor governo começou a ser tramada em maio
O governo boliviano anunciou nesta quinta-feira a detenção de 17 pessoas, incluindo militares ativos e reformados, além de civis, pela suposta ligação com a tentativa de golpe de Estado que começou a ser tramada em maio deste ano.
A declaração foi feita pelo ministro do Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, que revelou que cerca de dez militares envolvidos tinham sido apreendidos anteriormente. Ele afirmou que a polícia está trabalhando para desmantelar a “rede antidemocrática” que tentou quebrar a ordem constitucional.
“Temos bastante informação para poder desmantelar toda essa rede antidemocrática, que foi formada por um grupo minúsculo de militares que tiveram a ousadia de tentar tomar o poder pela força com metralhadoras, com veículos,” afirmou Del Castillo.
Na tarde desta quarta-feira, a nação sul-americana foi surpreendida quando forças militares se voltaram contra o governo do presidente Luis Arce. O presidente convocou os bolivianos a se mobilizarem contra as “movimentações irregulares” do Exército em frente ao Palácio Quemado, sede presidencial em La Paz, na Praça Murillo. Horas após a tentativa de invasão do palácio, o general que liderou o golpe, Juan José Zúñiga, e o ex-vice-almirante da Marinha Juan Arnez Salvador foram presos e permanecem sob custódia.
Del Castillo não detalhou quem eram as outras 17 pessoas presas, mas afirmou que os supostos conspiradores começaram a tramar a tentativa de golpe em maio. Essa versão contradiz a declaração de Zúñiga, que afirmou, sem provas, que Arce encenou um autogolpe para “aumentar sua popularidade”. Segundo Zúñiga, ele esteve com o presidente no domingo, ocasião em que Arce teria proposto “montar algo” com esse objetivo. O general alegou que o presidente deu sinal positivo para o uso de blindados.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário