"A mídia e os setores que ela representa se revoltam com a possibilidade de ter de pagar os impostos que devem. [Para eles], é mais fácil tirar dos pobres do que dos ricos", disse
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou duramente o
jornal O Globo em um tweet, após a publicação de um editorial que defendia cortes
em áreas essenciais como Saúde, Educação e Previdência. Segundo a parlamentar, a mídia ignora os privilégios de quem
paga poucos impostos e festeja medidas que beneficiam os mais ricos em
detrimento da população mais vulnerável.
"Hoje é o editorial do Globo, circundado pelo da
Folha, que exige cortes na Saúde, Educação e Previdência, para, na visão deles,
equilibrar as contas públicas. Mais uma vez, nenhuma linha sobre os privilégios
de quem não paga impostos ou paga muito menos do que deveria. Ao contrário,
festejam a devolução da MP que corrigia as distorções do PIS/Cofins e provocam
um rombo bilionário nas despesas. E nenhuma palavra também sobre os juros
escorchantes que travam o crescimento e, portanto, a arrecadação de impostos. É
só cortar, cortar, cortar... Como diz o economista Marcelo Medeiros,
especialista na questão da desigualdade, essa turma sabe que 'é mais fácil
tirar dinheiro de pobre do que tirar dinheiro de rico'", escreveu Gleisi.
Segundo a parlamentar, que também é presidente nacional do PT, "Lula foi eleito para inverter essa lógica perversa". Ela aponta, no entanto, que "a mídia e os setores que ela representa se revoltam com a simples possibilidade de ter de pagar os impostos que devem".
O Globo defendeu em seu editorial que o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, promova um ajuste fiscal cortando
despesas públicas que beneficiam aposentados e a população mais pobre.
"Não dá mais para cumprir meta fiscal ampliando receitas. É urgente
desvincular os benefícios do INSS do salário mínimo e as despesas com saúde e
educação da arrecadação", escreveu o jornal. Segundo o editorialista, o
controle dos gastos públicos é essencial para a manutenção da credibilidade do
arcabouço fiscal aprovado recentemente.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário