"Não será fazendo o
jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai conquistar
credibilidade, nem hoje nem nunca", apontou a parlamentar
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou duramente a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. A parlamentar usou suas redes sociais para expressar sua indignação, destacando que a decisão não encontra respaldo em argumentos técnicos, econômicos ou morais.
"Não há justificativa técnica, econômica e muito menos moral para manter a taxa básica de juros em 10,5%, quando nem as mais exageradas especulações colocam em risco a banda da meta de inflação. E não será fazendo o jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai conquistar credibilidade, nem hoje nem nunca", escreveu Gleisi Hoffmann em seu perfil no Twitter.
A decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central de manter a Selic, interrompendo assim o ciclo de
afrouxamento monetário iniciado em agosto do ano passado, foi unânime entre os
membros do Comitê. Em comunicado, o Copom justificou a medida destacando o
cenário global incerto e a resiliência da atividade econômica doméstica, além
da elevação das projeções de inflação e das expectativas desancoradas que,
segundo o Comitê, demandam maior cautela.
"O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de
queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico
marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e
expectativas desancoradas demandam maior cautela", informou o Copom.
A diretoria do Banco Central argumentou que a política
monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente para consolidar
tanto o processo de desinflação quanto a ancoragem das expectativas em torno
das metas estabelecidas.
A crítica de Gleisi Hoffmann se soma a de outros parlamentares
do Partido dos Trabalhadores. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ)
também manifestou sua insatisfação com a decisão do Copom. "Não há
justificativa técnica para o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao
Banco Central, manter a taxa de juros em 10,50% ao ano", afirmou
Lindbergh, caracterizando a decisão como "irresponsável".
Para o parlamentar, a medida do Banco Central tem o
objetivo de prejudicar o governo Lula e impedir o crescimento econômico do
país. "Campos Neto tem o intuito claro de sabotar o governo Lula, de
travar o crescimento da economia", declarou Lindbergh, acusando o
presidente do Banco Central de ser um "político bolsonarista".
Fonte: Brasil 247
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