sexta-feira, 7 de junho de 2024

Gilmar Mendes dá 10 dias para Tarcísio se manifestar sobre inconstitucionalidade das escolas cívico-militares

 

Ação Direta de Inconstitucionalidade movida por parlamentares do Psol argumenta que as escolas cívico-militares violam princípios fundamentais das Constituições Federal e Estadual

Tarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas (Foto: Patricia Cruz/Governo do Estado de SP)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem um prazo de 10 dias para se manifestar sobre as acusações de inconstitucionalidade referentes à Lei 1.398/2024. A legislação, sancionada em 27 de maio, institui o programa das escolas cívico-militares no estado.

A decisão de Mendes veio em resposta a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida por parlamentares do Psol, que argumentam que a lei violaria princípios fundamentais das Constituições Federal e Estadual, bem como da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, explica o Metrópoles.

Os parlamentares, incluindo o deputado estadual Carlos Giannazi, a deputada federal Luciene Cavalcante e o vereador Celso Giannazi, criticam a proposta, afirmando que o modelo de escola cívico-militar pode limitar a formação crítica dos alunos. "A proposta do governador tem caráter doutrinador e domesticador, pois esse modelo de escola impede a formação crítica dos alunos e não respeita a diversidade individual e coletiva dos adolescentes, sobretudo as de gênero, raça e sexual".

Além disso, os psolistas alegam que o programa das escolas cívico-militares faz parte de um "projeto político de poder para formar pessoas de extrema direita".

O parlamentares do Psol também acionaram a Advocacia-Geral da União (AGU) para investigar supostos interesses econômicos ligados ao modelo das escolas cívico-militares. A denúncia envolve um suplente do PL que estaria fazendo lobby pela criação dessas escolas e obtendo lucros significativos com contratos relacionados ao modelo.

Os deputados também apelaram ao Ministério Público Federal (MPF), ao Ministério da Educação (MEC) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que sejam examinados os contratos de prefeituras com organizações que operam o modelo cívico-militar. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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