Jair Bolsonaro e o médico Ricardo Camarinha. Foto: reprodução
A Polícia Federal (PF) está preparando o indiciamento de Ricardo
Camarinha, médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), em decorrência das
denúncias de que ele ocupava um cargo de funcionário fantasma na Apex (Agência
Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) vinculado ao Ministério
do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Em abril deste ano, funcionários da Apex prestaram
depoimentos afirmando que Camarinha recebia um salário mensal de R$ 36,8 mil
sem desempenhar efetivamente suas funções na agência. Ele estava lotado na Apex
em Miami, de abril de 2022 até 2 de janeiro de 2023.
Um fator que chamou atenção foi a distância entre a
residência de Camarinha em Orlando e o escritório físico da Apex em Miami. A
distância entre as duas cidades é de cerca de 380 quilômetros, com um tempo de
viagem de aproximadamente três horas e meia.
Bolsonaro e Camarinha. Foto: reprodução
Vale destacar que durante uma temporada de Bolsonaro nos Estados
Unidos, logo após deixar a presidência, Camarinha chegou a visitar o ex-chefe
do Executivo.
Além disso, durante as investigações conduzidas pela PF
nos EUA, em maio, os policiais ouviram Camarinha em sua residência em Orlando,
na Flórida.
Segundo depoimentos, a nomeação de Camarinha ocorreu por
ordem direta de Bolsonaro ao general da reserva Mauro Lorena Cid, que na época
era o chefe da Apex em Miami e é pai do ex-ajudante de ordens da Presidência,
tenente-coronel Mauro Cid.
Fonte: DCM
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