sexta-feira, 14 de junho de 2024

Filha de presidente do Solidariedade investigado pela PF ostenta vida de luxo e teve viagens pagas com fundo partidário

 Polícia Federal concluiu que Jheniffer é usada como laranja por Eurípedes Júnior


A Operação Fundo do Poço, da Polícia Federal, revelou um esquema de desvio de fundos partidários que beneficiava Jheniffer Hannah Lima de Macedo, filha do presidente do partido Solidariedade e ex-dirigente do Pros, Eurípedes Júnior. Segundo as investigações, Jheniffer recebeu cargos, bolsas de estudo e viagens internacionais pagas com recursos desviados do fundo partidário e da Fundação do partido (FOS).


Jheniffer, que foi vice-presidente do Pros em 2022 e atualmente é secretária-executiva do Solidariedade, recebeu uma bolsa de estudos no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e participou de diversas viagens, inclusive a Miami em fevereiro deste ano. Nas redes sociais, ela exibe um estilo de vida que não condiz com seus rendimentos, incluindo um carro elétrico adquirido em 2022, quando as contas do Pros foram esvaziadas pela organização criminosa liderada por seu pai.


As investigações da Polícia Federal também descobriram que Jheniffer está envolvida em várias transações suspeitas de lavagem de dinheiro, especialmente em operações imobiliárias pagas em espécie.


Além disso, ela e seu pai participam de empresas de fachada, como a GFAX Assessoria Consultoria e Gestão Ltda e Hotel Planaltina Ltda, usadas para lavar dinheiro.


Em 2019, Jheniffer e outras duas investigadas adquiriram um imóvel em Planaltina (GO), que foi transferido para a empresa GFAX Assessoria Consultoria e Gestão em 2022. Atualmente, o local abriga as empresas Oficina Planalto e Auto Socorro Planalto, administradas por um irmão de Eurípedes, também investigado pela PF. A Polícia Federal concluiu que Jheniffer é usada como laranja por seu pai.


Diante das evidências, a Polícia Federal solicitou a prisão preventiva de Jheniffer, busca e apreensão, bloqueio e indisponibilidade de bens até R$ 36 milhões, bloqueio de ativos em corretoras de criptomoedas, bloqueio de imóveis vinculados, apreensão e sequestro de veículos de valor superior a R$ 100 mil, quebra do sigilo das comunicações telefônicas e acesso aos dados dos aparelhos celulares apreendidos, além da apreensão de passaportes.


A reportagem tentou contato com Jheniffer Hannah Lima de Macedo, mas não obteve resposta até a publicação.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.  

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