"Não abriremos mão da nossa humanidade", afirmou a parlamentar
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou neste domingo
(2) que as pessoas integrantes da comunidade LGBTQIA+ vão ajudar a melhorar a
democracia brasileira. A parlamentar mandou um recado para "essa gente
cafona, feia, nefasta". "Não abriremos mão da nossa humanidade.
Marcharemos nesta tarde retomando a bandeira brasileira nas nossas mãos",
disse.
O Brasil continuou sendo em 2023 o campeão mundial de
homicídios e suicídios de LGBT+: 257 mortes violentas documentadas, um caso a
mais do registrado em 2022. Uma morte a cada 34 horas! Os dados são divulgados
desde 1980 (44 anos) pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga ONG LGBT da
América Latina.
Em 2023, o GGB documentou a morte violenta de 127 travestis e
transgêneros, 118 gays, 9 lésbicas e três bissexuais, totalizando 257 vítimas
de crimes de ódio. Esses números alarmantes, mesmo que subnotificados, reforçam
a urgência de ações e políticas efetivas para combater a violência direcionada
à comunidade LGBTQIA+.
De acordo com o fundador do GGB, Prof. Luiz Mott, "em 44 anos de realização dessa pesquisa, é a segunda vez apenas que travestis e transexuais ultrapassaram os gays no número de mortes violentas, refletindo portanto ter sido a violência letal contra tal categoria no ano passado muito mais frequente e mortífera do que nas quatro décadas anteriores, pois estimando-se que as trans representam por volta de 1 milhão de pessoas no Brasil, e os homossexuais 20 milhões, o risco de uma transexual ser assassinada é 19% mais alto do que gays, lésbicas e bissexuai".
Fonte: Brasil 247 com informações do GGB
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