O motorista
que disparou cinco tiros contra o carro de um casal na rodovia Castello Branco,
em Boituva, interior de São Paulo, na última sexta-feira (14), foi preso nesta
quarta-feira (19). O empresário Adriano Domingues da Costa foi conduzido à
Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga, onde será interrogado.
Ele foi considerado foragido após a Justiça expedir um mandado de prisão
temporária por tentativa de homicídio.
Luiz Carlos Valsecchi, advogado de Adriano, negou que
seu cliente estivesse fugindo da polícia. Segundo ele, o empresário estava
aguardando o “momento adequado” para se entregar. Na segunda-feira (17),
Valsecchi esteve na DIG de Itapetininga para discutir a apresentação do acusado
com o delegado responsável pelo caso.
Adriano foi identificado a partir de um vídeo gravado
pelo casal que estava no carro alvo dos disparos. Nas imagens, ele aparece
fazendo ameaças e pedindo que o motorista abaixasse o vidro: “Tá feliz, filho
da p?”. Valsecchi
disse em entrevista ao Metrópoles que seu cliente só efetuou os
disparos porque percebeu que o carro era blindado, o que, segundo ele,
garantiria que os projéteis não atravessariam o vidro.
Ainda no relato do advogado, seu cliente desceu do carro armado para assustar o condutor do outro veículo, que supostamente o provocava e teria batido propositalmente em seu carro. “Ele parou e foi assustar o cara mesmo. ‘Se você continuar me perseguindo, vou te matar. Quase me tirou da estrada, seu débil mental’. Provavelmente deve ter sido isso que ele falou, eu imagino”, explicou a defesa do atirador.
Valsecchi também afirmou que antes dos disparos, Adriano foi jogado
para fora da pista pelo outro motorista, que estaria armado. O advogado defende
que, na mesma situação, qualquer pessoa teria atirado. “Se fosse eu, também
dava [os tiros]. Se fosse você, também dava”.
A defesa de Adriano ainda argumenta que ele não pode
responder por tentativa de homicídio, alegando que se trata de um “crime
impossível”, pois os ocupantes do veículo não poderiam ter morrido devido aos
disparos, uma vez que o carro era blindado.
“Não tem crime de homicídio, isso não existe. Ele dá uma
coronhada no vidro lateral. E, mesmo assim, ele continuou perseguindo. Quando
ele dá a coronhada, com o vidro abaixado, o vidro dá uma trincada. Você sabe
quando é blindado. Você bate a mão e parece uma parede. Mas ainda que ele não
soubesse da blindagem, seria um crime impossível”, afirmou Valsecchi.
Fonte: DCM
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