sábado, 29 de junho de 2024

Empresa de limpeza de Porto Alegre é suspeita de vender produtos atingidos pelas enchentes

 Investigação revelou que empresa envolvida na limpeza de áreas alagadas em vez de descartar produtos de estabelecimentos comerciais afetados pelas inundações optou por vender


Uma empresa de limpeza de Porto Alegre (RS) foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta sexta-feira (28) sob suspeita de reaproveitar produtos atingidos pelas enchentes para venda. A investigação revelou que a empresa, que esteve envolvida na limpeza de áreas alagadas na cidade, em vez de descartar os produtos de estabelecimentos comerciais afetados pelas inundações, optou por comercializá-los.


Segundo reportagem da RBS TV, a empresa investigada é a Ambos Demolidora, de propriedade de João Paulo Ambos. Em sua defesa, João Paulo responsabilizou seus funcionários, afirmando que os produtos deveriam ter sido descartados e que ele não tem culpa.


– É inadmissível que uma empresa que está trabalhando na limpeza de locais atingidos pela enchente comercialize alimentos que deveriam ser descartados – disse a diretora do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Vanessa Pitrez.


A Vigilância Sanitária identificou entre os produtos postos à venda alimentos, bebidas e itens de higiene. A suspeita é que esses produtos tenham sido contaminados pela água suja das enchentes, tornando-os impróprios para o consumo.


– São muitos alimentos e o mais grave é que são alimentos que foram recolhidos do lixo. Na verdade, os alimentos, tudo indica que eles foram recolhidos da reciclagem, entre os que os comércios descartaram. Eles foram recolhidos para aquele depósito onde foi feita a limpeza e seriam colocados novamente à venda para a população – afirmou o diretor do Procon Porto Alegre.


A Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em endereços vinculados à empresa. Os proprietários devem responder por crime contra as relações de consumo, sujeitos a penas de até 5 anos de prisão caso sejam condenados.


Fonte: Agenda do Poder com informações de DCM

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