terça-feira, 4 de junho de 2024

Em sua segunda passagem pela Corte, Cármen Lúcia coloca mulheres na cúpula do TSE pela 1ª vez

 Desembargadora e escritora Andréa Pachá assume a Secretaria Geral do tribunal

Além de ser a primeira mulher a exercer a presidência do tribunal duas vezes — no esquema de rodízio do TSE, presidido por integrantes oriundos do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen já havia chefiado a Corte entre 2012 e 2013 —, é a primeira vez que dois postos-chave da estrutura interna do tribunal serão ocupados simultaneamente por mulheres durante uma presidência feminina, informa Malu Gaspar, agora à noite, em sua coluna em O Globo.


Na opinião de Malu, a posse da nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, foi marcada por simbolismos e feitos inéditos na história do tribunal, criado em 1932.


A advogada Roberta Gresta vai ser a diretora-geral do TSE e a escritora e desembargadora Andréa Pachá, do Tribunal de Justiça do Rio, assume a secretaria-geral. Quando Cármen Lúcia assumiu a presidência do TSE pela primeira vez, na década passada, esses dois postos foram ocupados por homens.


Cármen também escalou uma mulher em outro cargo relevante do TSE: a delegada de Polícia Federal Kátia Gonçalves vai assumir a secretaria de polícia judiciária, responsável por cuidar da segurança do tribunal e seus ministros. Ela assume no lugar de Disney Rosseti.


Mineira, a nova diretora-geral do TSE, Roberta Gresta é servidora de carreira da Justiça Eleitoral e atuou no Tribunal Regional Eleitoral de Minas e na corregedoria-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na época em que o ministro Benedito Gonçalves foi relator das ações que levaram à inelegibilidade de Jair Bolsonaro.


À frente da direção-geral do TSE, Roberta vai cuidar de questões administrativas do tribunal e auxiliar no planejamento operacional das eleições municipais de outubro. Uma das questões em aberto é sobre o impacto das enchentes na realização do pleito no Estado do Rio Grande do Sul.


Escolhida para a secretaria geral, Andréa é autora dos livros “A vida não é justa” e “Segredo de Justiça”, que conta histórias da época em que atuou na Vara de Família – e deu origem a uma série do Fantástico.


Sob a sua responsabilidade estão as assessorias de comunicação e de plenário do tribunal.

Em março deste ano, durante julgamento no TSE sobre candidaturas laranjas de mulheres, Cármen Lúcia disse que a “vida de uma mulher para chegar a qualquer cargo não é fácil”.

“Os senhores homens, pelo menos nesta bancada, tiveram facilidades que eu não tive e nem tenho. Isso não me desanima de ser juíza brasileira. Isso me faz mais comprometida e responsável com outras que eu não estou vendo. Não se preocupe, mulher só desanima quando não está disposta mesmo”, afirmou a ministra na ocasião.


Enquanto no STF, Cármen é a única mulher a compor o tribunal, a representatividade feminina é maior no TSE, revela Malu Gaspar.


A Corte Eleitoral conta com outra ministra em sua composição titular – a conservadora Isabel Gallotti – e outras duas mulheres entre os juízes substitutos: Edilene Lôbo e Vera Lúcia. Ambas são as duas primeiras mulheres negras a integrar o TSE, por escolha do presidente Lula.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna de Malu Gaspar em O Globo

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