Professores universitários estão em greve há mais de 50 dias e os técnicos-administrativos há quase 90 dias
O ministro da Educação, Camilo Santana,
afirmou que o governo federal abriu canais de diálogo com o objetivo de acabar
com a greve dos servidores públicos federais do setor, mas ressaltou que não
será possível recompor “todo um processo histórico de anos de relação à
defasagem salarial em um curto espaço de tempo”.
“A última proposta que foi
negociada com os docentes, que inclusive um dos sindicatos assinou, com os 9%
que foram dados no ano passado, a variação até 2026 de reajuste dos professores
varia de 23% a 43%. E lembrar que nós não podemos, em um ano e meio o governo
está colocando aqui, nós não podemos recompor todo um processo histórico de
anos de relação à defasagem salarial em um curto espaço de tempo”, disse Camilo
nesta segunda-feira (10), durante o lançamento do PAC Universidades, que
destinará R$ 5,5 bilhões no Novo PAC para investimentos em universidades
federais e hospitais universitários.
“Eu não via, nem via anteriormente ao início da greve,
necessidade, porque esse é um governo que depois de seis anos sem reajuste
salarial, deu um reajuste de 9% no seu primeiro ano de governo. Para vocês
terem uma ideia, 9% de aumento salarial só para os servidores da educação tem
um impacto de mais de R$ 8 bilhões no orçamento do MEC. Quando a gente fala em
orçamento, é importante os reitores e reitoras terem a compreensão de que o
orçamento não é só o custeio. É custeio, é investimento, é pessoa, é tudo que
entra no MEC. Então esse foi um governo que reabriu todas as mesas de
negociação com todas as categorias de servidores públicos. Então eu acho que a
greve é quando não há mais diálogo, quando não há mais condições de debater ou
discutir qualquer”, ressaltou.
Ainda segundo Camilo, “há um esforço enorme do governo do
presidente Lula, quero deixar isso muito claro, e lembrar que essa negociação
que foi feita com os docentes e a proposta que será apresentada amanhã aos
técnicos administrativos terá um impacto de mais de R$ 10 bilhões. Estamos
falando em quase R$ 20 bilhões de aumento no orçamento das universidades
federais só em questão de pessoal. Então é bom só lembrar o impacto que isso
tem no orçamento que isso tem”.
Os professores universitários estão em greve há mais de 50 dias,
e os técnicos-administrativos há quase 90 dias. Nesta segunda-feira (10), o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúniu com reitores das
universidades e institutos federais para discutir o futuro do financiamento e
da infraestrutura dessas instituições. Na terça-feira (11), está prevista uma
reunião de representantes do governo com os técnicos administrativos. Já houve
um encontro com os docentes.
Ambos os grupos reivindicam não apenas melhores salários e
a reestruturação de suas carreiras, mas também um aumento nos investimentos
destinados às universidades.
Fonte: Brasil 247
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