quinta-feira, 13 de junho de 2024

Em enquete da Câmara, quase 80% rejeitam projeto que equipara aborto a homicídio

 

A proposta, apresentada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e apoiada por outros 32 parlamentares, teve seu regime de urgência aprovado pela Câmara

 

Uma enquete disponível no site da Câmara dos Deputados revela que 79% dos votantes “discordam totalmente” do projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, mesmo em casos de gravidez resultante de estupro. Como informa Lauro Jardim, em O Globo, o levantamento, até o início da tarde desta quinta-feira (13), registrou a participação de mais de 289 mil pessoas.

A proposta, apresentada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e apoiada por outros 32 parlamentares, teve seu regime de urgência aprovado pela Câmara. Com isso, o projeto poderá ser votado diretamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões, e pode ser apreciado já nas próximas sessões.


A enquete mostra que cerca de 73 mil pessoas, ou 21% dos votantes, “concordam totalmente” com o projeto. Além disso, 777 participantes afirmaram “concordar na maior parte”, 142 se declararam indecisos e 1.094 disseram “discordar na maior parte”.


Críticos do projeto destacam que ele é misógino e defendem que o aborto é uma questão de saúde pública, não religiosa, ressaltando que “as mais penalizadas são as mulheres pobres, que não dispõem de recursos para pagar clínicas seguras”. Por outro lado, apoiadores do projeto argumentam que ele “impede o assassinato de bebês/fetos por causa de um crime não cometido por eles”.


No Brasil, a legislação permite o aborto em casos de estupro, risco de vida à mulher e anencefalia fetal (ausência de formação do cérebro do feto), sem um prazo máximo definido para a realização do procedimento.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

 

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