Com Claudia Sheinbaum, Lula, Gustavo Petro e Gabriel Boric, nomes de extrema direita como Javier Milei e Nayib Bukele se tornaram exceção na região
A eleição de Claudia Sheinbaum, 61, para suceder López Obrador
na presidência do México freia a expansão da extrema direita na América Latina,
ressalta reportagem do El País publicada nesta terça-feira (4). "A vitória
esmagadora da candidata progressista, cerca de 30 pontos à frente da candidata
conservadora da oposição, Xóchitl Gálvez, consolida o domínio da esquerda na
América Latina, com Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil; Gustavo Petro, na
Colômbia, e Gabriel Boric, no Chile. A vitória de Sheinbaum, herdeira política
de Andrés Manuel López Obrador e agora bandeira do seu Movimento de Regeneração
Democrática (Morena), significa também um compromisso com a continuidade".
O jornal destaca que o presidente argentino, Javier Milei,
de extrema direita e ultraliberal, "tornou-se a exceção no final de 2023
entre as cinco grandes economias da América Latina".
Segundo a reportagem, "um resultado
verdadeiramente esmagador que oferece a Sheinbaum uma paz de espírito que sem
dúvida invejará outros presidentes progressistas da América Latina. Ao
contrário de Lula ou Boric, Morena enfrentou nestas eleições não uma candidata
de extrema direita, como Jair Bolsonaro ou José Antonio Kast, mas Xóchitl
Gálvez, uma empresária conservadora e sorridente, eleita por uma coligação de
partidos políticos tradicionais". O periódico destaca, por exemplo, que no
Brasil o presidente Lula "navega contra o vento porque ganhou por pouco e
sem maioria no Congresso, pelo que o governo está sujeito a laboriosas
negociações para avançar com cada um dos seus projetos".
Fonte: Brasil 247
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