Valdecy Urquiza foi eleito para a Secretaria-Geral da Interpol, com mandato previsto entre 2025 e 2030. Indicação do comitê rompe 100 anos de lideranças europeias e estadunidenses
O delegado da Polícia
Federal (PF) Valdecy Urquiza foi eleito como o novo secretário-geral da
Interpol, com mandato previsto entre 2025 e 2030. A indicação do comitê, que
rompe 100 anos de lideranças exclusivamente europeias e estadunidenses, será
ratificada em novembro pela Assembleia Geral da organização.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (25), em Lyon,
França, onde ocorreu a eleição. De acordo com o Metrópoles, Urquiza obteve um total de
oito votos, consagrando-se como o primeiro brasileiro a ocupar o cargo. Em
novembro de 2021, Urquiza já havia sido eleito vice-presidente do Comitê
Executivo da Interpol, função que desempenhou por três anos. A plataforma de Urquiza
como candidato centrou-se na promoção da diversidade e modernização da
Interpol, bem como no fortalecimento da transparência e integridade da
organização.
Em uma nota conjunta, os mInistérios das Relações
Exteriores e da Justiça e Segurança Pública destacaram que "a indicação do
delegado Valdecy Urquiza para o posto de secretário-geral da Interpol
representa o reconhecimento, pela comunidade internacional, não apenas da
excelência do trabalho da Polícia Federal, como também do papel de liderança da
nossa instituição no campo da cooperação policial internacional".
O texto também enfatiza a importância da atuação conjunta
e da troca de informações entre as polícias do mundo no combate à criminalidade
transnacional. "Com o crescimento da criminalidade transnacional, um
problema que afeta todos os países do mundo, é fundamental a atuação conjunta e
a troca de informações com outras polícias no mundo."
Rodrigues destacou que a escolha de um brasileiro para a
liderança da Interpol eleva o patamar de inserção do Brasil na política
externa, sem perder de vista os impactos práticos na segurança pública interna.
"A Interpol é o maior e mais respeitado organismo internacional nesse
campo, e a escolha de um brasileiro para o posto representa também a elevação
do patamar de inserção no nosso país no campo da política externa, sem perder
de vista os efeitos práticos que serão vistos na segurança pública também no âmbito
interno.
Confira a íntegra da nota conjunta dos mInistérios das
Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública sobre o asunto.
"Em eleição realizada hoje (25/06), no âmbito do
Comitê Executivo da Interpol, em Lyon, o delegado de Polícia Federal Valdecy
Urquiza foi indicado como próximo Secretário-Geral da Interpol, com mandato
entre 2024 e 2029. A indicação do Comitê deve ser ratificada, em novembro
próximo, pela Assembleia Geral da organização. Trata-se da primeira vez, em cem
anos de história da Interpol, que a organização será comandada por nacional de
um país em desenvolvimento.
A eleição do delegado Urquiza reflete a alta prioridade
atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional,
que tem na cooperação internacional, crescentemente, uma dimensão essencial.
Representa, ademais, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do
profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no
enfrentamento à criminalidade, bem como de sua relevante contribuição ao
trabalho da Interpol.
A exitosa campanha pela eleição do brasileiro Valdecy
Urquiza a Secretário-Geral da Interpol foi fruto de estreita coordenação entre
a Polícia Federal, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da
Justiça e Segurança Pública.
O delegado Valdecy Urquiza exerce atualmente o cargo de
Diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal e tem ampla experiência
na promoção da cooperação policial internacional. Além de ocupar, desde 2021,
mandato como Vice-Presidente para as Américas do Comitê Executivo da Interpol,
também já atuou como Diretor Adjunto para Comunidades Vulneráveis da
organização, entre 2018 e 2021. A plataforma do delegado Urquiza centrou-se na
promoção da diversidade e da modernização da Interpol, bem como no fortalecimento
da transparência e da integridade da organização, com vistas a reforçar seu
papel crucial na cooperação policial e no combate ao crime em todo o
mundo".
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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