A contadora de histórias Nyedja Gennari foi chamada para interpretar feto durante debate sobre aborto no Senado Federal. Foto: Reprodução
O senador bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE) promoveu uma encenação
bizarra durante debate sobre assistolia fetal no Senado Federal
nesta segunda (17). A “peça” era um monólogo de um feto que implorava para não
passar pelo procedimento.
A protagonista da encenação é a contadora de histórias
Nyedja Gennari, que se identifica como escritora, professora e educadora nas
redes. Ela já fez outras apresentações no Senado, mas costuma trabalhar para
crianças em shoppings ou em casamentos, aniversários, eventos e até velórios.
Formada em Ciências da Educação, especializada em
Literatura Infantil e pós-graduada em Educação Infantil, ela também escreve
livros para crianças e é professora da rede pública de ensino. Nyedja também
foi nomeada assessora da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, em
março deste ano.
Nyedja recebeu o título de cidadã honorária da Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2019. Ao entregar a honraria, o deputado Cláudio Abrantes (PDT) afirmou que ela é “uma contadora de histórias que já faz parte da história de Brasília”.
Ela foi chamada para interpretar o “monólogo do feto” durante audiência
que debatia a proibição do Conselho Federal de Medicina (CFM) ao procedimento
da assistolia fetal, que consiste na aplicação de substâncias para interromper
os batimentos cardíacos do feto antes do aborto.
O procedimento é recomendado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) e voltou aos debates em meio à tramitação do “PL do aborto”,
projeto que prevê aplicar a pena de homicídio simples a mulheres que realizarem
o procedimento após a 22ª semana de gestação.
Fonte: DCM
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