terça-feira, 25 de junho de 2024

Com recorde histórico de fogo, governo monta força-tarefa e Marina viaja ao Pantanal

 

O Pantanal brasileiro enfrenta o pior primeiro semestre da história em termos de queimadas

Marina Silva
Marina Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 O Pantanal brasileiro, reconhecido por sua vasta biodiversidade e paisagens deslumbrantes, enfrenta o pior primeiro semestre da história em termos de queimadas. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 3.372 focos de incêndio até a última segunda-feira (24). Este número supera significativamente o recorde anterior de 2.534 focos, ocorrido no primeiro semestre de 2020, informa o Metrópoles.

O monitoramento do bioma pelo Inpe, iniciado em junho de 1998, revelou que o dia 14 de junho de 2024 foi particularmente devastador, com 387 ocorrências registradas apenas nesse dia. A situação é alarmante, considerando que, em 2020, um terço da área do Pantanal foi consumida pelas chamas, um evento catastrófico que ainda repercute na fauna e na flora local.

Diante dessa situação crítica, o governo federal intensificou seus esforços. A segunda reunião da Sala de Situação Interministerial, liderada pela Casa Civil, ocorreu na mesma segunda-feira, com o objetivo de monitorar os incêndios no Pantanal e a seca na Amazônia, relata Ricardo Noblat, do Metrópoles. Esta reunião sublinhou a necessidade de ações rápidas e coordenadas, especialmente com a antecipação do pico das queimadas, que tradicionalmente ocorre em setembro.

O Ministério do Meio Ambiente, sob a liderança da ministra Marina Silva, declarou estado de emergência ambiental em abril devido ao risco de incêndios. "O MMA vem trabalhando desde outubro de 2023 e, mesmo com a antecipação do pico de incêndios, já estamos operando em plenas condições de ação", afirmou Marina, destacando a gravidade da situação.

Em resposta à crise, cerca de 500 combatentes foram destacados para o Pantanal, apoiados por duas bases de operações das Forças Armadas. Além disso, seis helicópteros e duas aeronaves, incluindo o KC 390, com capacidade para transportar 10 mil litros de água por voo, estão em plena atividade. O governo também considera a instalação de uma base avançada na estrada Transpantaneira para melhorar a logística e a resposta rápida aos focos de fogo.

Para reforçar a ação conjunta, as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) planejam visitar Corumbá, um dos municípios mais afetados pelos incêndios, na próxima sexta-feira (28). Corumbá é não só um epicentro de queimadas, mas também lidera em desmatamento na região. Tebet enfatizou a importância de uma resposta robusta e coordenada: "Nosso trabalho está integrado aos governos locais, e vamos ver de perto a situação que já estamos acompanhando diuturnamente. Não faltarão recursos, com responsabilidade, para salvarmos a maior planície alagável do mundo".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

 

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