O Pantanal brasileiro enfrenta o pior primeiro semestre da história em termos de queimadas
O Pantanal
brasileiro, reconhecido por sua vasta biodiversidade e paisagens deslumbrantes,
enfrenta o pior primeiro semestre da história em termos de queimadas. Segundo
dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados
3.372 focos de incêndio até a última segunda-feira (24). Este número supera
significativamente o recorde anterior de 2.534 focos, ocorrido no primeiro
semestre de 2020, informa o Metrópoles.
O monitoramento do bioma pelo Inpe, iniciado em junho de
1998, revelou que o dia 14 de junho de 2024 foi particularmente devastador, com
387 ocorrências registradas apenas nesse dia. A situação é alarmante,
considerando que, em 2020, um terço da área do Pantanal foi consumida pelas
chamas, um evento catastrófico que ainda repercute na fauna e na flora local.
Diante dessa situação crítica, o governo federal
intensificou seus esforços. A segunda reunião da Sala de Situação
Interministerial, liderada pela Casa Civil, ocorreu na mesma segunda-feira, com
o objetivo de monitorar os incêndios no Pantanal e a seca na Amazônia, relata
Ricardo Noblat, do Metrópoles. Esta reunião sublinhou a
necessidade de ações rápidas e coordenadas, especialmente com a antecipação do
pico das queimadas, que tradicionalmente ocorre em setembro.
O Ministério do Meio Ambiente, sob a liderança da ministra
Marina Silva, declarou estado de emergência ambiental em abril devido ao risco
de incêndios. "O MMA vem trabalhando desde outubro de 2023 e, mesmo com a
antecipação do pico de incêndios, já estamos operando em plenas condições de
ação", afirmou Marina, destacando a gravidade da situação.
Em resposta à crise, cerca de 500 combatentes foram destacados
para o Pantanal, apoiados por duas bases de operações das Forças Armadas. Além
disso, seis helicópteros e duas aeronaves, incluindo o KC 390, com capacidade
para transportar 10 mil litros de água por voo, estão em plena atividade. O
governo também considera a instalação de uma base avançada na estrada
Transpantaneira para melhorar a logística e a resposta rápida aos focos de
fogo.
Para reforçar a ação conjunta, as ministras Marina Silva e
Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) planejam visitar Corumbá, um dos
municípios mais afetados pelos incêndios, na próxima sexta-feira (28). Corumbá
é não só um epicentro de queimadas, mas também lidera em desmatamento na
região. Tebet enfatizou a importância de uma resposta robusta e coordenada:
"Nosso trabalho está integrado aos governos locais, e vamos ver de perto a
situação que já estamos acompanhando diuturnamente. Não faltarão recursos, com
responsabilidade, para salvarmos a maior planície alagável do mundo".
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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