O Colégio
Militar Tiradentes, em Brasília, está sendo acusado de expulsar pelo menos três
estudantes neurodivergentes entre 2023 e 2024. Segundo as famílias, a expulsão
ocorreu devido à falta de acolhimento e de um plano pedagógico adequado para
alunos atípicos. A instituição de ensino da Polícia Militar do Distrito Federal
(PMDF) desligou um estudante por não atender aos requisitos do regimento e
outros dois por “reprovação dupla”.
Mães
de estudantes diagnosticados como pessoas com deficiência (PCDs) afirmam que a
escola militar adotou um modelo de ensino excludente. Elas apresentaram
denúncias ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e à Defensoria
Pública (DPDF). “A escola não apresenta o apoio para que o aluno seja acolhido
e tenha a autoestima necessária para alcançar um futuro digno. Nosso sentimento
é de muita tristeza”, desabafou uma mãe, que pediu anonimato ao Metrópoles.
“É
um colégio que tem tudo para oferecer o ensino adequado para os estudantes
típicos e atípicos, mas marginalizou os PCDs dentro da instituição. A PMDF tem
conhecimento da situação, mas, infelizmente, nada foi feito. A escola está na
contramão da legislação”, relatou outra mãe.
Em resposta, a Polícia Militar afirmou que todos os alunos
com neurodivergências ou deficiências têm acesso a assistentes técnicos e são
atendidos por uma equipe multidisciplinar composta por psicopedagogos,
psicólogos, orientadores educacionais e docentes especializados em educação
especial.
Fonte: DCM
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