Na noite desta sexta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
publicou um longo texto em sua página no X/Twitter, alegando que, durante a
pandemia da Covid-19, elaborou “uma sofisticada política pública que tinha como
pilar básico salvar vidas”.
No entanto, em
dezenas de discursos oficiais, o ex-mandatário fez apologia ao uso da
cloroquina, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) não tem
eficácia contra o coronavírus. O político do PL também tecia críticas severas
às medidas de restrição e distanciamento social.
Quando contraiu a doença, Bolsonaro afirmou, em discursos dados em
inaugurações obras no interior do país, solenidades do Executivo e reuniões com
autoridades, que havia sido curado fazendo uso da hidroxicloroquina e de outro
medicamento sem eficácia comprovada, Annita, vermífugo a base de nitazoxanida.
Ele também criticou governadores que rejeitavam o que era chamado de tratamento
precoce:
“Durante a pandemia elaboramos uma sofisticada política pública que tinha como pilar básico salvar vidas. Para tanto foram transferidos centenas de bilhões de reais diretamente para as famílias, para as empresas e para os governos estaduais e municipais. Sob o lema mais Brasil e menos Brasília, a ajuda do governo federou foi rápida e sem burocracias.
Para ajudar nossos irmãos gaúchos o governo federal precisa seguir a mesma
linha: confiar mais na população e governos locais. Para isso é necessário
desburocratizar e acelerar a transferência de recursos para a população por
meio de auxílios financeiros diretos as famílias. Também é fundamental retomar
o BEm (Benefício Emergencial) para garantir a manutenção dos empregos (durante
a pandemia o BEm salvou mais de 10 milhões de empregos).
Também é necessário crédito desburocratizado para as
pequenas e microempresas. Por fim, o Regime de Recuperação Judicial do Rio
Grande do Sul precisa levar em conta a catástrofe atual: não adianta repassar
recursos para o estado se o regime de recuperação cria amarras para o uso desse
recurso. Fundamental ainda fornecer socorro financeiro para as finanças do
estado que certamente tiveram perdas expressivas de arrecadação.
Em resumo, para ajudar o Rio Grande do Sul o governo federal deveria seguir o lema: Mais Brasil e Menos Brasília, passando recursos diretamente para as famílias e governos locais e deixando que estes escolham as melhores opções do que fazer com esses recursos.”
Fonte: DCM
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