Enfraquecido e isolado, Moro enfrenta um STF cada vez mais ativo em conter ataques às instituições
Sem
nenhum projeto de lei efetivado até agora, o ex-juiz suspeito e hoje senador,
Sergio Moro, ainda não conseguiu se encontrar na política, espaço onde sempre
pretendeu atuar, mesmo quando julgava os processos da Lava Jato de maneira
supostamente imparcial.
Apesar de ter se livrado da perda de
seu mandato no Tribunal Superior Eleitoral, que analisou as acusações de
irregularidades financeiras em sua campanha de 2022, ele sofreu uma nova
derrota nesta terça-feira (5), quando o Supremo Tribunal Federal decidiu
torná-lo réu pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
Politicamente
isolado e enfraquecido, Moro também vê as decisões que proferiu durante a
falecida Lava Jato sendo revertidas. Ele é, inclusive, investigado no âmbito de
uma delação premiada negociada quando ele era juiz titular da 13ª Vara Federal
de Curitiba.
Conforme revelado pelo Brasil 247 em uma entrevista
bombástica em junho do ano passado, o caso remonta a
um acordo de colaboração premiada firmado em 2004 pelo empresário Tony Garcia,
após ele ser preso pela PF sob a acusação de gestão fraudulenta do Consórcio
Nacional Garibaldi, em processo anterior à Lava Jato.
A partir
daí ele relatou ter sido ameaçado por Moro e levado a gravar investigados e
“trabalhar” para obter provas contra políticos e outras figuras proeminentes,
sobretudo ligadas ao PT.
Apesar da absolvição no TSE, as
acusações contra Moro continuam a se acumular, e seu futuro parece cada vez
menos promissor para alguém que almejava a presidência da República e desbancar
o Partido dos Trabalhadores.
Fonte:
Brasil 247
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