Presos por suspeita de envolvimento na morte da vereadora, eles também foram denunciados por organização criminosa
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgará na próxima terça-feira (18) a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionada ao assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso e presidente da Primeira Turma, liberou o processo para análise e marcou o julgamento.
No mês passado, a PGR denunciou o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão, seu irmão e deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado, e o policial militar Ronald Alves de Paula, ex-chefe de uma milícia, pelos homicídios de Marielle e Anderson.
Além disso, Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, assessor do conselheiro, foram denunciados por organização criminosa.
Durante as investigações da Polícia Federal, o delator Ronnie Lessa, ex-policial militar, afirmou que Chiquinho Brazão, então vereador do Rio, teve uma “descontrolada reação” à atuação de Marielle em relação a um projeto de lei na Câmara. O projeto visava a regularização de um condomínio em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, onde os irmãos buscavam obter o título de propriedade para especulação imobiliária.
Segundo Lessa, o delegado Rivaldo Barbosa foi crucial para que os homicídios fossem executados a mando dos Brazão, garantindo imunidade aos envolvidos e evitando que a investigação alcançasse os mandantes do crime. Tanto Barbosa quanto os irmãos Brazão negam as acusações.
Ronnie Lessa está preso desde 2019, acusado de ser o autor dos disparos que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes.
Fonte: Agenda do Podert com informações de O Globo
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