O filho de Bolsonaro sugeriu que o ex-procurador pode se complicar ainda mais na política e na Justiça
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) criticou o
ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) por defender o
distanciamento de Jair Bolsonaro (PL), mas sem perder os votos dos eleitores do
ex-mandatário. A mensagem do ex-procurador da Operação Lava Jato, de 2019, é
parte das conversas da "Vaza Jato".
"Falou Bozo no escurinho com os 'colegues' você pode
anotar que pega fogo mais rápido que balão caseiro de festa junina. As
'evoluções' estão avançadas e escancaradas!", afirmou o vereador na rede
social. X
Na Lava Jato, Dallagnol era do Ministério Público Federal no
Paraná. Procuradores do MPF-PR faziam as denúncias que eram julgadas pelo então
juiz Sergio Moro quando o atual senador do União Brasil-PR fica responsável
pelos processos em primeira instância jurídica.
O ex-juiz aceitou ser ministro da Justiça do governo de
Jair Bolsonaro, mas deixou o cargo alegando que o então mandatário queria
interferir na Polícia Federal. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a
suspeição de Moro nos processos contra o atual presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), que teve seus direitos políticos devolvidos.
Atualmente, Moro é réu no STF. Ele pode ser preso e perder o mandato em caso de
uma eventual condenação por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
Quanto a Dallagnol, o STF manteve no ano passado a decisão do
Superior Tribunal de Justiça que obrigou o ex-lavajatista a indenizar Lula em
R$ 75 mil por causa da apresentação do PowerPoint em 2016, quando o então
procurador denunciou o petista sem provas no processo do triplex em Guarujá
(SP).
No caso de Jair Bolsonaro, o ex-mandatário está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 2023. Ele fez uma acusação sem provas e afirmou, em 2022, que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
Fonte: Brasil 247
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