sábado, 22 de junho de 2024

Brasil é líder em transição energética, aponta o Fórum das Américas

 

O relatório atribui a posição de destaque do Brasil a uma série de políticas estratégicas e investimentos focados na expansão das energias renováveis

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à planta de produção de etanol de segunda geração, no Parque de Bioenergia Bonfim. Guariba - SP.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à planta de produção de etanol de segunda geração, no Parque de Bioenergia Bonfim. Guariba - SP. (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O Brasil foi destacado como um dos países líderes na transição energética pelo Fórum Econômico Mundial. Em um relatório recente, o país alcançou a 12ª posição no Índice de Transição Energética (ETI), sendo o primeiro colocado entre os países das Américas e o terceiro entre os membros do G20. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou a conquista, ressaltando que as políticas públicas brasileiras têm sido reconhecidas pela promoção de uma transição energética justa, inclusiva e equitativa.

O relatório atribui a posição de destaque do Brasil a uma série de políticas estratégicas e investimentos focados na expansão das energias renováveis. Entre as iniciativas destacadas estão o compromisso de longo prazo com a energia hidrelétrica e biocombustíveis, além de avanços significativos na geração de energia solar. Essas ações têm diversificado a matriz energética nacional e fortalecido o ambiente de investimentos em infraestrutura sustentável.

"Somos reconhecidos pelas nossas ações e políticas públicas voltadas para a transição energética justa e inclusiva, como destacou o Fórum Econômico Mundial. Estamos liderando pelo exemplo, com foco na dimensão social da transição energética, pautando os desafios do financiamento para países em desenvolvimento e propondo um conjunto de princípios para um processo justo e inclusivo", afirmou Alexandre Silveira.

Incentivos e Desenvolvimento Tecnológico

O crescimento da geração distribuída e a redução das emissões de gases de efeito estufa foram impulsionados por programas de incentivo e desenvolvimento tecnológico. Um dos projetos mais ambiciosos é o projeto de lei do Combustível do Futuro, que está em apreciação no Senado Federal. Segundo o Ministro Silveira, essa iniciativa pode destravar R$ 200 bilhões em investimentos, fomentar combustíveis de nova geração, introduzir o SAF (Sustainable Aviation Fuel) e o diesel verde na matriz energética, além de criar um marco legal para a atração de investimentos na captura e estocagem de CO2.

Índice de Transição Energética

O Índice de Transição Energética (ETI) é utilizado pelo Fórum Econômico Mundial para classificar 120 países, analisando uma média de 46 indicadores e atribuindo uma nota final de 0 a 100. O Brasil registrou uma pontuação de 65,7, superando grandes potências como Reino Unido (65,6), China (64,1) e Estados Unidos (64).

Renovabilidade da Matriz Energética

De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia, o Brasil aumentou a renovabilidade da sua matriz energética para 49,1% no último ano, muito acima da média global de 14,7%. O percentual de renováveis na matriz elétrica também subiu para 89%, enquanto no mundo é de apenas 29%.

Investimentos em Infraestrutura

O Ministério de Minas e Energia garantiu R$ 60 bilhões em investimentos para a expansão da transmissão de energia pelo Brasil, com dois leilões realizados em 2023 e um no primeiro semestre de 2024. Estes investimentos são fundamentais para garantir a segurança e a transição energética no Sistema Interligado Nacional. Em 2023, foi assinada a ordem de serviço para a linha de transmissão que conectará Roraima ao SIN, com um investimento de R$ 2,5 bilhões para substituir as usinas termelétricas por fontes de energia mais limpas e renováveis.

"O Brasil está mais interligado, mais forte, mais unido e mais verde. Isso significa segurança energética para nossa população, combate à desigualdade, e desenvolvimento socioeconômico com geração de emprego e renda de qualidade", finalizou o ministro Silveira.

Fonte: Brasil 247

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