Para manter o país livre do sarampo é crucial alcançar e manter coberturas vacinais de no mínimo 95%
O Brasil completou nesta quarta-feira (5) dois anos sem registrar casos autóctones de sarampo, ou seja, casos com transmissão dentro do território nacional. Essa conquista permite ao país retomar a certificação de “livre de sarampo”, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde.
O Brasil havia obtido essa certificação em 2016, mas o vírus foi reintroduzido em 2018 devido ao intenso fluxo migratório de países vizinhos, especialmente da Venezuela, e à baixa cobertura vacinal. Desde 2019, no entanto, o número de casos tem diminuído significativamente, caindo de 20.901 registros em 2019 para 41 em 2022. O último caso autóctone foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá.
Para manter o país livre do sarampo, é crucial alcançar e manter coberturas vacinais de no mínimo 95% de forma homogênea, segundo Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa alta cobertura vacinal é essencial para proteger a população contra casos importados e para reduzir o risco de reintrodução da doença.
Recentemente, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita, juntamente com o Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), visitou o Brasil para avançar no processo de recertificação do país como livre da circulação do sarampo e com sustentabilidade na eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou um aumento “alarmante” de casos de sarampo na Europa em 2023, com mais de 58 mil infecções em 41 países. No Brasil, a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível nas unidades básicas de saúde. O esquema vacinal consiste em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos de 30 a 59 anos.
A cobertura vacinal da primeira dose da tríplice viral no Brasil aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. Esses números podem aumentar à medida que os dados sejam atualizados pelas redes estaduais de saúde.
Essa vitória contra o sarampo reforça a importância das campanhas de vacinação e a vigilância contínua para prevenir surtos e proteger a saúde pública.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil
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