Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade são apontados como financiadores do acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General (QG) do Exército em Brasília
Um relatório da Polícia Civil do Distrito Federal já havia
apontado que os empresários Adauto Lucio de
Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, alvos de de mandados de prisão no âmbito da 25ª fase da Operação
Lesa Pátria, deflagrada pela
Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (29), estavam entre os financiadores do
acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General (QG) do Exército em
Brasília.
Segundo a coluna Na Mira, do Metrópoles,” a denúncia
recebida pela PCDF dá conta de que os empresários são “radicais bolsonaristas”.
“O documento da PCDF detalha que os sócios do Melhor Atacadista seriam
patrocinadores de vários outdoors colocados no Distrito Federal em apoio ao
ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Adauto Lucio de
Mesquita teria criado um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro para aluguel
de lonas aos acampados em frente ao QG do Exército”, destaca a reportagem.
De acordo com as investigações, os empresários também forneciam
semanalmente alimentos e água para os manifestantes golpistas acampados na
região e bancavam parte dos custos dos banheiros químicos instalados na Praça
dos Cristais, no Setor Militar Urbano de Brasília.
O relatório da PCDF destaca, ainda, que Adauto Lucio é
proprietário de 21 propriedades rurais distribuídas entre as cidades de
Planaltina (GO), Niquelândia (GO) e Luziânia (GO). Apesar de não ser filiado a
partidos políticos, o empresário fez uma doação de R$ 10 mil para a campanha de
Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O relatório ressalta a existência de “indícios suficientes que
Adauto Lucio de Mesquita tenha realmente, junto a seu sócio Joveci Xavier de
Andrade, financiado as manifestações antidemocráticas que ocorreram nesta
capital, a partir do dia 31 de outubro de 2022”.
A Polícia Federal deflagrou a Operação Lesa Pátria com o
objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos
antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília. A defesa dos empresários destacou
que não teve acesso à decisão que levou às prisões, mas reiterou o compromisso
de esclarecer os fatos perante o Supremo Tribunal Federal. O grupo ao qual os
empresários pertencem afirmou ser contra o vandalismo e a intolerância
política, respeitando a democracia e o Estado de Direito.
Nesta quinta-feira, os agentes federais estão cumprindo 34
mandados judiciais, sendo 24 mandados de busca e apreensão, três mandados de
prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo
Supremo Tribunal Federal. As ações ocorrem no Rio Grande do Sul, Minas Gerais,
Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito
Federal.
Além disso, foi determinada a indisponibilidade de bens,
ativos e valores dos investigados. Apura-se que a quantia dos danos causados ao
patrimônio público possa chegar à cifra de R$ 40 milhões.
Os fatos investigados constituem, em
tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de
Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição
e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Fonte: Brasil 247
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