sexta-feira, 21 de junho de 2024

BC "autônomo" serve para proteger os ricos, diz Gleisi Hoffmann

 

Presidente nacional do PT também criticou a "cobertura econômica totalmente enviesada" da imprensa neoliberal

Gleisi Hoffmann, Lula e Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann, Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Reuters | Marcelo Camargo/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil)

 A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta sexta-feira (21) contestar o recente editorial da Folha de S. Paulo que ataca Lula por conta das críticas do presidente à elevada taxa de juros mantida pelo Banco Central e ao presidente da autoridade monetária, o bolsonarista Roberto Campos Neto. 

Lula vem criticando o Banco Central por conta da resistência de Campos Neto em reduzir a taxa Selic. Na mais recente reunião do Copom, a taxa básica foi mantida em 10,5%, encerrando um longo ciclo de cortes modestos. O presidente também vem criticando Campos Neto por conta de suas articulações políticas. 

Para Glesi, o editorial da Folha ignora as irregularidades cometidas por Campos Neto e busca defender a Selic em patamares elevados, algo que somente beneficia os rentistas. "Não, Folha, o BC 'autônomo' não protege Lula. Protege os especuladores e as ricas elites que ganham muito, mas muito dinheiro, em cima da maior taxa de juros do planeta. Uma taxa mantida artificialmente, na marra mesmo, com apoio de editoriais como os de hoje e de uma cobertura econômica totalmente enviesada, que ignora os fatos econômicos para se manter fiel aos dogmas do neoliberalismo. O que vocês chamam de 'autonomia' do BC é a subserviência aos interesses do mercado, dos bancos e das corporações que a mídia representa", escreveu Gleisi em postagem no X (antigo Twitter). 

Mais cedo, a Folha publicou o editorial 'BC autônomo protege Lula de si mesmo', escrevendo que "o BC autônomo protege Lula de si mesmo, e o país do mandonismo do presidente da República. A depender dele, a política monetária estaria tão desacreditada quanto a fiscal". 

Fonte: Brasil 247

 

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