A medida judicial busca a apreensão de imóveis e veículos do filho 04 do ex-presidente Bolsonaro
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, enfrenta um novo pedido judicial de apreensão de bens por uma dívida de R$ 360 mil. Após diversas tentativas frustradas de intimá-lo para o pagamento, um banco reiterou à 1ª Vara Cível de Brasília um pedido para a realização de uma pesquisa de ativos financeiros em seu nome, visando garantir o pagamento do débito.
A medida judicial busca a apreensão de imóveis e veículos do devedor. Jair Renan, conhecido como “Zero Quatro”, já é réu em outro processo na 5ª Vara Criminal, onde responde por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ele é suspeito de ter utilizado informações falsas sobre o faturamento de sua empresa para obter o empréstimo não pago.
Em nota ao Globo, a defesa de Jair Renan nega qualquer irregularidade. Os advogados afirmam que ele foi vítima de um golpe orquestrado por uma pessoa já conhecida pela polícia e pela Justiça. Eles garantem que tudo será esclarecido no decorrer do processo.
Segundo a petição do banco apresentada em 24 de maio, foi solicitado um novo mandado de intimação para um endereço em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde Jair Renan reside desde março do ano passado. Ele foi nomeado como auxiliar parlamentar no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), com um salário de R$ 9,5 mil mensais.
Até então, os oficiais de justiça tentavam localizar Jair Renan no estádio Mané Garrincha, em Brasília, onde funcionava a sede da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. A empresa tinha como principal atividade a organização de feiras, congressos, exposições e festas. Em 16 de maio, houve uma tentativa de intimá-lo em uma casa no Lago Sul, em Brasília, mas o oficial foi informado que ele não residia mais no local.
De acordo com o inquérito da Polícia Civil, a suspeita recai sobre uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. Com esses números falsos, Jair Renan e seu sócio, Maciel Alves, buscavam obter um empréstimo bancário.
Os investigadores afirmam que as declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, tanto em aspectos materiais quanto ideológicos. As assinaturas do técnico em contabilidade foram negadas pelo próprio profissional, e as informações inseridas nos documentos foram consideradas inverídicas.
As investigações apontam que Jair Renan e seu sócio contraíram pelo menos três empréstimos no Banco Santander, e que ele se beneficiou de parte dos valores, inclusive com o pagamento de uma fatura de cartão de crédito de sua empresa no valor de R$ 60 mil.
Em depoimento, Jair Renan negou ter requisitado empréstimos e afirmou não reconhecer suas assinaturas nas declarações de faturamento falsas. No entanto, peritos, testemunhas e até imagens de seu login no aplicativo bancário contestam essa versão.
Fonte: agenda do Poder com informações de O Globo
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