sexta-feira, 14 de junho de 2024

Apoio de peso! ‘É hora de estender a mão a Haddad, o fiscal não pode mais derreter’, diz presidente da Febraban

 

Isaac Sidney afirma que ajuste fiscal pelo lado das receitas ‘colapsou’;

 

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)Isaac Sidney, avalia que o ajuste fiscal pelo lado das receitas “colapsou” e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa de apoio dentro do próprio governo, além do Congresso e do empresariado, para enfrentar uma agenda de corte e desindexação de gastos públicos.

É nítido que a agenda de ajuste fiscal, pelo lado das receitas e do aumento da carga tributária, colapsou”, afirma Sidney ao Estadão. “O pessimismo e os ruídos têm crescido rapidamente, como podemos ver nos preços dos ativos, com a forte alta do dólar, a queda da Bolsa e o aumento dos juros futuros.”


Para ele, a alta da moeda americana – que fechou em queda nesta quinta-feira, mas ainda acumula valorização de 10,6% em 2024 – deveria servir como “sinal amarelo” não apenas ao mundo econômico, mas também ao político. “A alta do dólar é fonte de pressão inflacionária, exatamente por desajustar os preços”, diz.


Sidney e presidentes de instituições financeiras privadas se reunirão com Haddad e o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, nesta sexta-feira, 14, em São Paulo. O encontro, segundo ele, já estava marcado há mais de dez dias e terá o objetivo de debater a conjuntura econômica do País.


A fala do porta-voz dos bancos ocorre em meio à escalada nas incertezas fiscais e ao desgaste de Haddad com parte do setor produtivo e com bancadas importantes do Congresso. Nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu ao governo a maior parte da medida provisória que limitava a compensação de créditos dos tributos federais PIS/Cofins e onerava, sobretudo, o agronegócio e os exportadores.


O texto, que tinha o objetivo de compensar a desoneração da folha dos 17 setores que mais empregam e dos municípios, irritou lideranças empresariais, que alegam estar arcando com a maior parte do ajuste fiscal do governo sem que o Executivo faça a lição de casa e revise suas despesas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal Estado de São Paulo, “Estadão”

 

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