Na sessão desta segunda da Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara, o ministro da Secretaria Especial de Reconstrução do Rio Grande do Sul,
Paulo Pimenta, apresentou um panfleto contendo uma lista de notícias falsas
sobre as recentes enchentes no estado.
Vestindo uma jaqueta da Defesa Civil, o
ministro usou sua intervenção inicial para destacar e desmentir as fake news
mencionadas no documento.
O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) levantou uma questão pessoal,
indagando por que a esposa do ministro o acompanhava em eventos oficiais no
estado. Pimenta respondeu enfatizando a normalidade de sua mulher estar
presente em suas atividades públicas e alegou que, ao contrário do deputado,
mantém um relacionamento respeitoso e sem violência com ela.
“Se minha esposa me acompanhou em um roteiro no estado? Sim, sou ministro, participo de eventos públicos e muitas vezes a minha esposa me acompanha. Não posso dizer o mesmo do senhor. Se o senhor acha que tem alguma coisa estranha nisso, inclusive tenho uma relação com ela de respeito”, disse Pimenta.
“A minha delegação sou eu que escolho e com ela eu mantenho uma relação de
respeito, sem violência, sem agressão e para mim é um orgulho ela poder andar
junto comigo”.
Pimenta se referia a um episódio de maio de
2020, quando Paulo Bilynskyj foi internado em um hospital de Santo André após
ser baleado pela modelo Priscila Delgado de Bairros, sua namorada à época.
De acordo com a Polícia Civil, Priscila
disparou contra ele e depois cometeu suicídio. Segundo o delegado, ela teria se
irritado na noite anterior após ver a mensagem de uma mulher, “admiradora de
seu trabalho como policial”. O Ministério Público pediu o arquivamento do caso,
o que foi efetivado pela Justiça em junho de 2021.
Bilynskyj, em resposta, atacou a integridade de Pimenta, acusando-o de ter “uma moral de esgoto” e comparou as investigações da Polícia Federal ao nazismo.
Em discurso na Câmara no ano passado, o bolsonarista exaltou a
participação de seu avô, o ucraniano Bohdan Bilynskyj, como combatente na
Segunda Guerra Mundial e exemplo para sua atuação política.
Bohdan foi voluntário da Waffen-SS, exército
paramilitar de Hitler, fato divulgado pelo parlamentar em suas redes sociais.
Sua fala foi repudiada pelo Instituto
Brasil-Israel.
“Essas vestes são uma homenagem às minhas
origens, ao meu avô Bohdan Bilynskyj, que chegou ao Brasil, em 30 de setembro
de 1948, após lutar bravamente pela liberdade de seu país, invadido por russos
comunistas. (…) Meu avô Bohdan, aos 20 anos de idade, lutou em uma guerra
mundial para libertar a Ucrânia das garras do comunismo. E hoje, como deputado
federal, ao lado de meus irmãos, luto contra a instalação de um regime
comunista no Brasil”, declarou.
Fonte: DCM
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