Medidas foram implementadas pelo governo federal com o objetivo de combater a especulação de preços diante das enchentes no RS
O Novo
anunciou nesta terça-feira (4) que seus deputados federais entraram com uma
ação no Tribunal de Contas da União (TCU) contestando a decisão da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) de realizar leilões para a compra de arroz
importado.
A medida visa combater os efeitos da
especulação no mercado brasileiro diante das enchentes no Rio Grande do Sul,
maior produtor de arroz do país.
A Conab
realizará nesta quinta-feira (6) o primeiro leilão de compra de arroz
importado. A entidade estima que as perdas estimadas nas lavouras gaúchas giram
em cerca de 600 mil toneladas de arroz, que se somariam a outros prejuízos
esperados em silos atingidos pelas águas.
A gama de medidas anunciada pelo
governo federal visa conter a especulação do preço do arroz ao mesmo tempo em
que garante a rentabilidade para os produtores dessa cultura.
No
entanto, para o Novo, não há necessidade de formação de estoques públicos
regulatórios de arroz. “O governo local, que já sofre com todas as
consequências desastrosas da enchente, terá também que lidar com a intervenção
indevida e desnecessária do governo federal, conforme descrito em nota técnica
elaborada pela Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul”,
afirmam os parlamentares do partido.
“O que se observa, portanto, é que a
importação de arroz pela Conab trará mais efeitos adversos do que positivos a
longo prazo para a população brasileira e que certamente trará, em curto e
médio prazo, ainda mais problemas para o estado diretamente afetado pelo
desastre e para os produtores locais”, diz a representação do Novo.
Paralelamente,
a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou nesta
segunda-feira (3) uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal
Federal (STF) contra a decisão do governo federal de realizar leilões de compra
de arroz importado, segundo comunicado da entidade.
Os produtores argumentam que a
colheita estava quase toda finalizada, quando começaram a ocorrer as
inundações, sem impacto relevante na produção.
Fonte:
Brasil 247 com informações do InfoMoney
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