Presidente do PCO defende uma mudança de direção no governo do presidente Lula em entrevista. Assista na TV 247
O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, afirmou em entrevista à
TV 247 que o crescimento das forças de extrema-direita nas eleições europeias
deve servir de lição ao Brasil. Ele avalia que nos dois locais a política
neoliberal avança simultaneamente, levando ao fortalecimento das alternativas
antissistema.
Costa Pimenta comentou a recente vitória de Marine Le Pen,
na França, destacando que a ex-presidenciável "venceu as eleições em
praticamente todos os departamentos franceses". Ele avaliou que este
resultado "mostra o fracasso completo da política neoliberal, que foi
agravado com a guerra da Ucrânia".
O dirigente ressaltou a necessidade de uma mudança radical no
pensamento da esquerda. "Se a esquerda decidir ficar ao lado dessa
política que está sendo esmagada pela extrema direita, ela também será
esmagada", afirmou. Ele argumentou que "a esquerda deve se livrar da
social-democracia e de figuras como o Macron".
Ao abordar especificamente a situação brasileira, Pimenta
destacou que "a burguesia tenta emparedar o governo Lula e está sendo mais
agressiva". Ele enfatizou que "o que é mais significativo é a
reaproximação do bolsonarismo com a direita tradicional".
Segundo ele, "não existe um veto absoluto da burguesia ao
bolsonarismo". Pimenta acredita que "se o Tarcísio vier a ser o
candidato apoiado pelo bolsonarismo e autodeclarado bolsonarista, ele terá o
apoio do grande capital".
Para Pimenta, uma mudança de direção é necessária no
governo Lula. "Lula precisa se desfazer da frente ampla", declarou,
mas acrescentou que "isso só seria possível se houvesse uma ampla
mobilização popular". Ele destacou ainda que "Simone Tebet é o
principal enclave neoliberal no governo Lula" e que "a burguesia quer
colocar uma camisa de força no governo Lula – e não derrubar".
Assista na TV 247:
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