Após forte reação contrária da opinião pública, mídia e representantes de direitos humanos, o projeto de lei foi colocado em banho-maria
Pesquisa Atlas/CNN mostra que 70,8% dos
entrevistados não acreditam que uma mulher que interrompa a gravidez após o
período deva ser criminalizada.
Do total, 39,9% afirmam que não haja a equiparação do
aborto ao homicídio em casos de vítimas de estupro ou de risco de vida,
enquanto 30,9% acreditam que não haja a equiparação em nenhuma circunstância.
São 29,1% aqueles que entendem que a pessoa deva responder por
homicídio mesmo ao tratar-se de uma vítima de estupro ou correr risco de morte.
A pesquisa Atlas/CNN ouviu 2.690 brasileiros entre 17 e 19
de junho de 2024, utilizando a ARD, metodologia em que os entrevistados são
recrutados de forma orgânica durante a navegação na internet.
Saiba mais - Após
forte repercussão negativa, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), anunciou nesta terça-feira que o polêmico projeto que equipara o
aborto ao homicídio em termos legais será debatido por uma comissão
representativa, em agosto.
Na semana passada, deputados aprovaram um regime de
urgência para a proposta, permitindo com isso a omissão de prazos e a
simplificação de requisitos regimentais, levando a matéria diretamente ao
plenário, sem a necessidade de discussão nas comissões temáticas da Casa.
Agora, após forte reação contrária da opinião pública, mídia e
representantes de direitos humanos, o projeto de lei foi colocado em
banho-maria, para ser debatido apenas em agosto. Com a proximidade das eleições
municipais, a Câmara tende a reduzir o ritmo de trabalhos no segundo semestre.
"O colégio de líderes aqui presentes deliberou também
debater esse tema de maneira ampla no segundo semestre com a formação de uma
comissão representativa", anunciou o presidente da Câmara, que patrocinou
a votação da urgência da proposta. "Nós só iremos tratar disso após o
recesso na formação desta comissão para tratar esse tema", acrescentou.
Fonte: Brasil 247
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