Corte Eleitoral diz que existem condições para realizar o pleito e que um eventual adiamento só pode ocorrer por meio de emenda constitucional
O Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) não considera, no momento, adiar as eleições municipais, apesar
da solicitação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Leite,
em entrevista ao jornal O Globo nesta segunda-feira (20), argumentou que a
troca de governos municipais durante o processo de recuperação do estado,
afetado por enchentes, pode complicar a reconstrução. "O Estado estará em
reconstrução, ainda em momentos incipientes, em que trocas de governos
municipais podem atrapalhar esse processo. O próprio debate eleitoral pode
acabar dificultando a recuperação", disse o governador.
Membros da Corte ouvidos pela coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, dizem que a questão
do adiamento ainda não chegou ao TSE e que “essa é uma discussão que passa
necessariamente pelo Congresso Nacional, já que o adiamento só pode ocorrer
mediante emenda constitucional”.
Mesmo com os danos causados pelos alagamentos, o TSE possui uma
reserva técnica de urnas eletrônicas para substituir as danificadas e garantir
a realização das eleições. Informações recentes indicam que, das cerca de 15
mil urnas armazenadas no depósito de Porto Alegre, apenas cinco mil serão
necessárias para o pleito em outubro. Muitas urnas estão guardadas em
prateleiras altas, o que pode ter evitado danos significativos. Contudo, a
extensão dos estragos só poderá ser avaliada quando as águas recuarem.
As eleições municipais já foram adiadas anteriormente, em
2020, devido à pandemia de coronavírus. Na ocasião, uma emenda constitucional
foi aprovada pelo Congresso em julho daquele ano, adiando as eleições em um mês
e meio. Apesar disso, a data de posse dos eleitos foi mantida para o dia 1 de
janeiro de 2021.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista
Andréia Sadi, do G1
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