Decisão
que condenou ex-presidente a oito anos e 10 meses de prisão passa por uma das
últimas no processo
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará a análise de um recurso
apresentado pelo ex-presidente Fernando Collor contra a decisão que o condenou
a oito anos e 10 meses de prisão. Essa etapa é uma das últimas no processo.
O julgamento do recurso começou em fevereiro, mas foi
interrompido por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Nesta
segunda-feira, Toffoli devolveu o caso, e o reinício da análise foi marcado
para ocorrer entre os dias 7 e 14 de junho, no plenário virtual do STF.
Até o momento, dois votos foram registrados para manter a
condenação de Collor e de outros dois réus. Votaram nesse sentido o relator,
ministro Alexandre de Moraes, e o ministro Edson Fachin.
Os embargos de declaração estão sendo analisados, um tipo de
recurso utilizado para esclarecer pontos de uma decisão. No entanto, para
Moraes, os réus estão apenas tentando rediscutir pontos já decididos, em um
“mero inconformismo”.
“Os embargantes buscam, na verdade, rediscutir pontos já
decididos pela Suprema Corte no julgamento desta ação penal, invocando
fundamentos que, a pretexto de buscar sanar omissões, obscuridades ou
contradições, revelam mero inconformismo com a conclusão adotada”, escreveu
Moraes em fevereiro.
O julgamento de Collor e de outros dois réus foi concluído
em maio do ano passado pelo STF. Em setembro, após a publicação do acórdão, os
três réus apresentaram embargos de declaração. A Procuradoria-Geral da
República (PGR) defendeu a rejeição dos embargos.
Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, em um esquema envolvendo a BR Distribuidora, investigado pela
Operação Lava-Jato. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, apontado como
operador do esquema, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão, enquanto
Luis Amorim, diretor executivo da Organização Arnon de Mello, conglomerado de
mídia do ex-presidente, recebeu uma pena de três anos e 10 dias. Os três
negaram as acusações durante o julgamento.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
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