"Vimos casos de amputações, crianças, mulheres e idosos feridos", conta um funcionário da agência de Defesa Civil palestina
O número de vítimas
fatais nos recentes bombardeios israelenses contra uma área que abrigava
deslocados pela guerra em Rafah subiu para 40, conforme anunciado pela Defesa
Civil da Faixa de Gaza nesta segunda-feira (27), relatam a agência AFP e o
jornal O Globo. "O massacre cometido pelo
Exército de ocupação israelense nas tendas de refugiados no noroeste da cidade
de Rafah, sul da Faixa de Gaza, provocou 40 mortes e 65 feridos", declarou
Mohammad al-Mughayyir, funcionário da agência de Defesa Civil palestina, em
entrevista à AFP.
Relatos do local são perturbadores. "Nós vimos corpos
carbonizados... Também vimos casos de amputações, crianças, mulheres e idosos
feridos", descreveu al-Mughayyir, destacando o cenário devastador que as
equipes de emergência encontraram. Ele enfatizou os desafios enfrentados pelos
serviços de emergência, agravados pela escassez de recursos e infraestrutura
danificada.
"Há escassez de combustível e estradas foram destruídas, o
que dificulta a circulação de veículos da Defesa Civil nas áreas que são
alvos", afirmou Mughayyir. Além disso, ele mencionou a falta de água,
necessária para apagar os incêndios causados pelos bombardeios.
A reação internacional foi imediata. O governo do Egito
condenou o que chamou de "bombardeio deliberado das forças israelenses
contra tendas de deslocados" em Rafah. O ministro egípcio das Relações
Exteriores emitiu um comunicado exigindo que Israel "aplique as medidas
determinadas pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) no que diz respeito ao
fim imediato das operações militares" em Rafah, que está próxima à
fronteira com o Egito.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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